De férias

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Recarregando a bateria, depois de ter feito download do sotaque na cidade dos 3 esses.
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Enfim só

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Tem dia que cansa lidar com os problemas, as meias-verdades e as incoerências dos outros. Por isso sou a favor da meditação e de todas as práticas em quem você tenha que se preocupar exclusivamente com o seu ego.
Já estou na agência nova e acabo de encontrar um tempinho para me dar conta de que estou sozinha na sala. Isso não me acontece há anos. É sempre muita gente em volta, muito controle, telefone que não pára, e o caos interior alimentado por essa época do ano em que todo mundo tem seu momento descontrol.
Podendo olhar bem fundo dentro de mim, aproveito a deixa para começar a pensar no que vou fazer com meu ano que vem.
Tema do próximo post: promessas.

10 coisas que aprendi trabalhando na maior agência de propaganda do país

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1 - Desconfie de adjetivos como "melhor" e "maior".
2 - Grandes profissionais também fazem fofoca.
3 - As pessoas que fumam unidas sabem mais de você do que você mesmo.
4 - Nem sempre compensa abrir a boca. A menos que seja para um bocejo.
5 - Existe amizade entre homens e mulheres. E eles são menos complicados.
6 - Seres humanos são corrompíveis: aquelas pessoas bacanas viram babacas do dia para a noite. Mas o inverso também pode acontecer.
7 - Julgamento é uma coisa triste.
8 - Existe vida depois da meia-noite.
9 - Língua Portuguesa é artigo de luxo.
10 - É preciso saber a hora de parar.

Afundando no sofá

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Hey, alguém sabe onde desliga o botão da chuva? Há dois dias meu pijama tem tido mais contato comigo do que em qualquer outro feriado. Espero reverter isso amanhã, porque até descanso, quando é muito, cansa.

(Saudade do ballet já?)



"Aprendi desde criança
Que é melhor me calar
E dançar conforme a dança
Do que jamais ousar

Mas às vezes pressinto
Que não me enquadro na lei"

Antônio Cícero

de mel pra tequila

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"mudam-se os tempos,
mudam-se as vontades;
muda-se o ser, muda-se a confiança;
todo o mundo é composto de mudança,
tomando sempre novas qualidades.
continuamente vemos novidades diferentes
em tudo da esperança;
do mal ficam as mágoas na lembrança
e do bem (se algum houve), a saudade..."
(camões)

Domingo chuvoso

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Agora eu posto do celular

Para mim, um espresso sem pressa

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Ser revisora é, antes de mais nada, ser compreensiva com quem não é. Não costumo ser chata com a língua portuguesa, não reviso conversa de MSN e e-mails de amigos e me permito errar sempre que a situação permitir (inclusive aqui no blog), pois de chatos já bastam os gramáticos. Ninguém tem todas as respostas e eu acredito que revisor bom não é aquele que sabe tudo, mas o que sabe procurar nos lugares certos, além de saber adequar a linguagem ao contexto em que está inserida.
Por isso, quando ontem me chegou um cardápio de uma lojinha de um dos clientes para revisar, eu previ que teria problemas com o café. Adoro café, ainda mais se for feito na hora! Não é sempre que tomo, tenho que confessar, mas em certas épocas ele me é essencial para agüentar um dia cheio. Na verdade, o que gosto mesmo é de entrar em cafeterias e tomar calmamente alguma bebida quente enquanto folheio revistas e jornais sem nenhuma pressa.
Justamente por isso, em por ter tido a oportunidade de ter entrado em cafeterias famosas em alguns lugares diferentes, eu sempre observei o cuidado com que nelas os grãos são transformados naquela coisa fumegante e perfumada. E, como revisora que sou, sempre me atentei para a grafia da palavrinha que acompanha o café mais famoso do mundo: espresso. Sim. Com S. Porque vem do italiano: caffè espresso. Particípio passado do verbo ‘esprimere’ (espremer). Em outras palavras: café espremido, porque nesse tipo de bebida é retirado sob pressão.
Aí vem a parte ‘ser compreensiva’. Ou prever o futuro. Eu não imagino que todas as pessoas com quem trabalho tenham o hábito de ler e se atentar para esses detalhes lingüísticos. Também acho que muitas dessas pessoas simplesmente estão tão preocupadas com prazo e com seus clientes, que perdem o meio do caminho, ou seja, na pressa e na ânsia de chegar a um resultado, se esquecem da parte mais importante. E o mais triste é que algumas delas acabam vivendo assim. Atropelam quem estiver na frente, cegas de ansiedade, sem reparar naquele ou naquilo que estava todo o tempo do seu lado.
Não sou de fazer barulho. Acho realmente uma pena trabalhar e ver gente assim achando que faz o maior sucesso. Sou da turma dos calados e dos que ouvem mais do que falam. E leio o tempo todo, não só por esse ser o meu trabalho, que sorte. Leio porque sou leitora, absorvo palavras bonitas e feias, “histórias e estórias” o tempo todo, onde quer que eu vá. E foi num dia chuvoso como o dia de hoje que fui tomar um café e vi que na parede do lugar havia a seguinte frase: café espresso não é o café feito ou para ser tomado rapidamente. Bingo. É por isso que não é expresso. Achei isso a coisa mais linda do mundo, porque não há nada melhor do que saborear o momento, curtir as coisas sem a pressa massacrante do dia-a-dia.
Sabendo de todas essas coisas, ousei trocar no tal cardápio o café expresso pelo espresso, achando que assim salvaria o mundo. Digo ousei, porque sabia que faria alarde, mesmo depois de ter explicado à pessoa responsável essa historinha. Hoje, chegando à agência, leio um e-mail triste, com o título de URGEEEEEEENTE, de uma dessas pessoas que atropelam, e que não havia participado do processo, dizendo que está erradíssimo. Sabe, a menina é viajada, teve oportunidades na vida que nem eu mesma tive. Vira e mexe está no exterior, deve conhecer a Itália e ter entrado em muito mais Starbucks que eu. Vá se ralar (***MOMENTO GROSSERIA DETECTED***), não é mesmo? Primeiro porque nem ao menos ela se deu ao trabalho de procurar a razão pela qual os revisores trocaram a grafia de um produto (deve ser porque a gente gosta de ficar inventando moda, somos muito criativos e redatores frustrados). Segundo porque ela não aceitou a primeira resposta que dei, com a maior paciência do mundo, e foi procurar nos dicionários do UOL a palavra. Não encontrando (lógico, porque a palavra é italiana), me pediu mais referências do que eu estava falando (quis dizer a ela que minha referência era a vida e tudo o que eu tiro dela sem correr esbaforida fingindo que sou uma executiva). E finalmente porque, depois de convencida a moça, ainda não recebi um feedback (atendimento adora esses termos) e sequer um telefonema, coisa que provavelmente não vai acontecer, posto que rinocerontes não costumam parar pra esse tipo de frivolidades.
Penso que se ela não prestou atenção nunca na vida que o café era espresso, é porque o dela sempre foi expresso.

Eu no YouTube

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Foi no sábado e a gravação, gentilmente feita pelo namorido, não é das melhores. Mas é uma prova de que o diclofenaco faz maravilhas com a musculatura de uma bailarina (não tentem fazer isso em casa).



Uma música para Ana

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Pode falar, é bacana no máximo ter uma música que fale do seu nome. Bom, pelo menos desde que você não se chame Sílvia e esteja pensando naquela música safada do Camisa de Vênus. Dependendo também do tipo de Sílvia que você for.
Mas o fato é que me mandaram esses dias um mp3 de uma banda chamada Faichecleres com o singelo nome de Aninha Sem Tesão. E venho aqui protestar. Mas veja a letra, antes de mais nada:

Sempre que eu chego mais perto
Você pede pra eu parar

Vem cheia de "não me toques"
"cachorro, tira as mãos de mim"
e não dá, não há tempo a perder

Pois sei que fantasias sujas
explodem dentro de você,
cansei, cansei de me humilhar

e agora nem que seja à força,
nem que chore sem parar,
ninguém vai te ouvir gritar

Aninha sem tesão, não vejo condição, é superficial
e a minha intenção é te dar meu coração, e não te fazer mal
eu bebo teu licor, Aninha sem pudor, tu come meu mingau au au
não vai fazer dodói

Quero mais que andar de mão com você por aí
Bom rapaz, mas não um otário que morra por ti


Bom, vamos analisar profundamente essa coisa aí. Medo. Muito medo dos rapazes que criaram a maravilha (pior é que gosto do som, gente). Medo porque eles conseguiram me fazer ficar cantarolando por dias a narração de um estupro. E contra mim, céus! Mas tenho que dizer aos mocinhos de plantão, desde que passei a ser conhecida como Aninha e me senti no direito de defender todas as Aninhas sem tesão do mundo, que o problema não é falta de tesão, minha gente. O problema é a falta de pegada. Como é que você vai sair com um cara que te fala "você come meu mingau" e "não vai fazer dodói"? Meninos, acordem. É fato comprovado que mulher amadurece (sim, tipo fruta) muito antes. Então se você quer se dar bem com a mulherada, arranje outro vocabulário. Mas pode ficar com o visual dos Faichecleres, que é bem moderninho e bacana. Ah, e antes que eu me esqueça, "mas não um otário que morra por ti" é uma das coisas mais brochantes que ouvi nos últimos tempos.

Vejam outro exemplo sórdido:

Ana (Roberto Carlos)

Todo tempo que eu vivi,
procurando o meu caminho
Só cheguei à conclusão
que eu não vou achar sozinho
Oh, Ana
que saudade de você
Toda essa vida errada
que eu vivo até agora
começou naquele dia
Quando você foi embora
Oh Ana
Ana
Que saudade de você

Ana eu me lembro com saudade
do nosso tempo, nosso amor, nossa alegria
Agora só te vejo nos meus sonhos
e quando acordo minha vida é tão vazia
Oh Ana
Ana
que saudade de você


Pára tudo que o rei enlouqueceu. Tá, ok, é lindo um cara ter tanta saudade de você e ainda admitir isso. Mas jogar a responsabilidade de viver uma vida errada nas suas costas, porque provavelmente você percebeu que o cara era um traste e que não ia mudar nunca, é um erro fatal. Fofos, as pessoas se apaixonam pelo que você é e pelas coisas que você faz, e não pelo que você diz que vai ser um dia ou que seria se alguma coisa acontecesse.

Mas ainda tem mais: em uma época muito remota, eu ouvia Engenheiros do Hawaii. Vamos lá, todo mundo tem um passado negro. E morria de arrepios quando eles gritavam Refrão de um Bolero na FM.

Eu que falei:
"Nem pensar"
Agora eu me arrependo
Roendo as unhas
Frágeis testemunhas
De um crime sem perdão

Mas eu falei sem pensar
Coração na mão
Como refrão de bolero
Eu fui sincero
Como não se pode ser

Um erro assim, tão vulgar
Nos persegue a noite inteira
E quando acaba a bebedeira
Ele consegue nos achar

Num bar!

Com um vinho barato
Um cigarro no cinzeiro
E uma cara embriagada
No espelho do banheiro

Ana, teus lábios são
Labirintos, Ana!
Que atraem os meus
Instintos mais sacanas
O teu olhar sempre distante
Sempre me engana

Ana, teus lábios são
Labirintos, Ana!
Eu sigo tua pista
Todo dia da semana
Eu entro sempre
Na tua dança de cigana


O pior de tudo é que continuo gostando dela. Mas meu senso de ridículo sabe que isso é porque ela me remete a tempos bons em que não havia a menor hipótese de eu cometer nenhuma asneira grave e que, se alguém se acabasse por minha causa, no máximo seria com um vinho Gazzi na mão. Opa, ou não, pensando bem. Mas isso não vem ao caso. O fato é que dança de cigana está fora de cogitação. Afe, ou não também. Jesus, a música faz sentido. Mas abafa o caso.

Vamos passar para a próxima. Só um pedacinho, porque essa é grande e, definitivamente, não vale a pena, mesmo sendo do Chico:

Sou Ana do dique e das docas
Da compra, da venda, da troca das pernas
Dos braços, das bocas, do lixo, dos bichos, das fichas
Sou Ana das loucas
Até amanhã
Sou Ana, da cama
Da cana, fulana, sacana
Sou Ana de Amsterdam


Linda, como todas as músicas do Chico. Mas nessas horas eu preferia me chamar Luísa, Beatriz (como já me disseram) Angélica ou Carolina. Não, eu queria mesmo era me chamar Joana. A francesa.

Se até meus queridinhos Los Hermanos tentaram, a sorte virou contra eles e Anna Júlia virou um chiclete melódico, verdadeira maldição que se abateu sobre os irmãos, e que nem preciso colocar a letra aqui pois aposto um pacote de 7 Belo que você sabe a letra de cor mesmo não gostando da banda. Pobres.

A Ana mais famosa nas letras internacionais dos últimos tempos não é uma mulher de verdade. Gosto bastante de Ana’s Song, do Silverchair, com sua letra sofrida e exagerada, mas sei que o tema aqui é outro e melhor não falar disso:

Please die Ana
For as long as you're here we're not
You make the sound of laughter
and sharpened nails seem softer

And I need you now somehow
and I need you now somehow

Open fire on the needs designed
On my knees for you
Open fire on my knees desires
What I need from you

Imagine pageant
In my head the flesh seems thicker
Sandpaper tears corrode the film

And you're my obsession
I love you to the bones
And Ana wrecks your life
Like an Anorexia life


Bom, não sobra muita música bonita com meu nome verdadeiro. Talvez Tequila tenha mais sorte ou menos exigências. Alguém aí se habilita?

Popularidade

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Dança Ourinhos 2007

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Jamais esquecerei
os braços de Ana.

Soltos no ar
numa sensual simetria
de serpentes
ateavam fogo ao palco
incendiando a música e a dança
invertebradamente.

Seus pés
igualmente inesquecíveis
vestidos de pássaros azuis
desafiavam a gravidade
dos linóleos.

Neste céu de sapatilhas
que sobrevoavam meus olhos
minhalma bailarina
aos seus encantos se rendeu:
aquela dança não era apenas
um majestoso pas-de-deux
mas um etéreo e eterno
pas de Deus.

(Carlos Dimuro)



Paty mandou

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Rapidinhas para quem se importa com minha vida

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Tá faltando tempo e sobrando assunto, então vamos às novidades que não devem interessar à ninguém na Terra, mas que talvez possam me servir de lembrança num futuro distante (tô pegando essa mania do Xis ou do Raoní?).

- Trabalhei o fim de semana feito um dromedário. Entrei na agência na sexta de manhã e saí no sábado cedo. Voltei no domingo à tarde e fiquei até a noite.

- No intervalo entre revisar malditos materiais para dentistas em espanhol e uma lista de 4 páginas de jornal cheias de nomes em corpo 6, eu recebi visitas muito especiais em casa: Vanina, Fê Gomes e o Xis, devidamente acompanhados de seus pares.

- Andei, pela primeira vez na vida, de helicóptero, graças a um amigo dos amigos que também apareceu em casa.

- Cheguei segunda-feira no trabalho e minha chefe veio me contar que um material que eu não tinha revisado apareceu com erro e estavam reclamando do meu departamento. Justo, já que eu não tinha visto. Mas agora tenho certeza que falta muito job para algumas pessoas dessa espelunca.

- Hoje mais um bando formado por um consumidor desocupado e um cliente burro mandou um e-mail para a agência reclamando de um texto, e sugerido (impondo, na verdade) algumas alterações do tipo "troque 6 por meia-dúzia que vai ficar muito melhor". Tive que passar a tarde escrevendo um texto de defesa e faço questão de publicar abaixo alguns trechos:

"Fulano do Atendimento, seguem minhas considerações sobre o e-mail recebido pelo cliente: a sugestão de alteração do trecho “agências de publicidade, modelos e atores” poderia confundir o leitor e levá-lo à interpretação equivocada de que uma só agência teria os três tipos de serviços/profissionais. Por isso o texto, como foi veiculado, é apropriado e está de acordo com as formas pelas quais as agências são conhecidas: agências de publicidade, agências de modelo (singular) e agências de atores.

Quantos aos verbos “captarem” e “utilizarem”, são casos de infinitivo flexionado, idiomatismo da língua portuguesa, ou seja, fenômeno característico, típico de nossa língua, embora não seja exclusivo dela.

No texto do seu cliente, podemos usar o infinitivo flexionado justamente para desfazer possíveis ambigüidades. Há bastante controvérsia, mesmo entre os gramáticos, acerca desse assunto, porém ninguém deve ser dogmático ou autoritário a ponto de tachar de errado o período que não siga estritamente a norma culta, pois o contrário nem sempre fica mal. “O emprego do infinitivo, flexionado ou não, depende da situação estilística”, diz a Academia Brasileira de Letras.

Finalmente, quanto a colocar “programas de televisão” no singular, talvez tenha sido feita a seguinte leitura: qualquer revista, (qualquer) jornal, (qualquer) programa de televisão, (?) internet... Acreditamos que é uma possibilidade; porém, da maneira como o redator colocou, a leitura é outra: qualquer revista, (qualquer) jornal, (em) programas de televisão, (na) internet... Preposições podem ser omitidas, principalmente na linguagem coloquial.

Para encerrar, gostaríamos de lembrar que a linguagem da propaganda se aproxima muito da fala e que questões como essas são válidas, porém nem sempre pertinentes."


- Para acabar com o dia, inventaram de criar uma licença publicitária (leia-se palhaçada) e trocaram a grafia do nome de uma marca para a nova campanha de outro cliente daqui. Vamos apostar que ainda vou ter que escrever alguma coisa defendendo essa brilhante criação?

- Meu amigo Maurício está chique e famoso, publicando uma coluna no iG. Entrem e comentem ou ele vai ficar choramingando no MSN que as pessoas nunca o ajudaram a galgar as escadas do sucesso: igjovem.ig.com.br/humor/
(No momento em que gentilmente eu falava dele aqui, começou a choradeira: "Aninha, vc tem que divulgar com um texto tipo: eu participei e muito da vida desse menino. Hoje ele é um talento da redação. Como vcs, do Rio de Janeiro para o mundo, Mauricio Meirelles.")

- Tenho 5 espetáculos de ballet agendados até o fim do ano. Dia 20 de outubro danço num concurso na sede do Banespa. Dia 11 de novembro danço no Sesc. Em 22 de novembro (dia do meu aniversário), me apresento numa escola da zona oeste. Em dezembro, danço pra escola onde dou aula dia 8 e como convidada numa montagem de Quebra-Nozes (farei a Fada Açucarada) dia 15. E no próximo feriado corro para um seminário de dança na cidade de Ourinhos. Amo muito tudo isso.

- No mais a vida tá indo bem. Ando feliz e contente e isso talvez seja sinal de que não dá pra ter tudo ao mesmo tempo e de que é bem capaz de eu ter aprendido a não me importar com isso e com as coisas pequenas. Saber ver um lado bom em tudo talvez seja sinal de maturidade. E segue o baile.

Tiazinha

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Acabo de ficar sabendo que vou ganhar um oitavo sobrinho. Haja ingresso pro Parque da Mônica!

Keep on Trocking

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Pronto, foi só receber o guia do fim de semana do Estadão, que quase tive uma síncope em casa. Além de ter me dado conta que não assisti a ótimos musicais que estão em cartaz na cidade, como My Fair Lady, Peter Pan e Miss Saigon, e depois de ter perdido a Hell's Kitchen, estou em pânico desde que descobri que Les Ballets Trockadero de Monte Carlo estarão se apresentando no Teatro Municipal de São Paulo, nos dias 18 e 19 de setembro.

Para quem não tem idéia do que estou falando, os Trocks surgiram, em 1974, no circuito off-Broadway de Nova York como um grupo de homens bailarinos que dançam, nas pontas dos pés, papéis exclusivamente femininos. Com técnica apurada, eles conseguem dar aos ballets clássicos de repertório maior virtuosismo, já que alguns passos, piruetas e saltos são considerados difíceis para mulheres, mas os homens fazem com facilidade. E daí nasce a piada, porque os bailarinos fazem cara de que nada está acontecendo enquanto "se jogam" nos papéis de Paquita ou Odete/Odile no Lago do Cisne, entre outros, com figurinos fiéis ao estilo, levando em conta a tradição clássica, mas com adereços inusitados e muito humor. E, o melhor, com um físico masculino usando sapatilha rosa tamanho 44!

É possível, por exemplo, ver um cisne se depenando todo, uma Paquita de óculos gatinho e as bailarinas do Grand Pas-de-Quatre de Pugni se provocando no palco tal qual Lucile Grahan, Carlotta Grisi, Fanny Cerrito e Marie Taglioni devem ter desejado fazer em 1845, quando esse ballet foi criado para elas, as maiores estrelas da época.

Há quem pense que tanta comédia e purpurina tenham feito do Trockadero uma companhia travestida e não muito séria. Grande engano. Os artistas têm formação profissional e fizeram parte de grandes companhias de dança de vários países. Mas agora se dividem papéis masculinos e femininos e adotam perfis como Velour Pilleaux/Ida Nevasayneva, nomes de guerra (e trocadilhos deliciosos) de Paul Ghiselin, um dos meus preferidos.

É comum os Trocks caírem das pontas ou dançarem contemporâneo ao som do estouro de papel-bolha, provocando todos os "segmentos" dançantes. Mas seja qual for a idéia, eles fazem mais ou menos o que querem e aquilo que todos que dançam fazem escondidos atrás das cortinas rindo muito. Verdadeira arte.


Amostra grátis de uma Morte do Cisne hilária, com a grande Ida Nevasayneva

O Alien dentro de mim

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Assinei um acordo de paz interior. Vamos ver até onde vai.

A todos

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A todos trato muito bem
sou cordial, educada, quase sensata,
mas nada me dá mais prazer
do que ser persona non grata
expulsa do paraíso
uma mulher sem juízo, que não se comove
com nada
cruel e refinada
que não merece ir pro céu, uma vilã de novela
mas bela, e até mesmo culta
estranha, com tantos amigos
e amada, bem vestida e respeitada
aqui entre nós
melhor que ser boazinha é não poder ser imitada.

(Preciso dizer de quem é o texto? Ok, sei que estou ficando repetitiva.)

Lost in Translation

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Aprendi na faculdade de Letras que algumas coisas não devem jamais ser traduzidas. Poesia é uma delas. Procurar palavras correspondentes entre um idioma é outro é perda de tempo, assassinato de sentidos, e por isso quando não há outra saída (porque não dá pra entender todos os idiomas e expressões do mundo) eu apelo para as versões de tradutores consagrados, de boas editoras e melhor ainda se for uma versão de um escritor brasileiro que não tentou fazer a coisa ao pé da letra, captando o sentido e não a palavra literal.
Dica do dia: fujam da Ediouro e das letras de músicas traduzidas na internet. Ok, se você não sabe o idioma, pode tentar o site Vagalume, mas ainda assim não acredite naquilo que está vendo. É, como eu disse, matar todo o trabalho ou a viagem daquele que escreveu a canção.
Tenho provas do que estou falando. Outro dia, embalada pela trilha do espetáculo Alegría, do Cirque du Soleil, fui pegar a tradução da canção-tema, que originalmente é em inglês, italiano e espanhol. Não sou nenhuma expert nos idiomas, mas tenho noção de um e de outro (bem mais de uns que de outros) e por isso fiquei chocada com a tradução que deram para a seguinte frase: "Alegría, come un assalto di gioia". É certo que as línguas latinas se assemelham muito, mas alguém aí já ouviu falar em falsos cognatos? Com certeza o cara que traduziu o trecho como "Alegria, como um assalto de jóias" não. Aliás, ele também não deve morar nesse planeta, a menos que seja ele o assaltante. Não é preciso pensar muito, apenas ler muito para entender que as palavras têm significados ilimitados. Portanto, traduzir assim é deixar a coisa menor, errada, e tolher dos leitores a possibilidade de fazer coisa melhor dentro de suas próprias cabeças.
Outra música que vem preenchendo meus dias, desde o começo das primeiras batidas, que me dão trecos e por vezes parecem ser as do meu próprio coração, é Love Will Come Through, do Travis. Fui tentada, como sempre, a ver as versões que o Google apresenta e claro que me decepcionei.
Por isso coloco aqui a canção e digo desde já que o que segue não é uma tradução, mas apenas um olhar sobre o que poderia ser. Faço isso porque ler que "burning a hole" seria "queimando um buraco" pareceu demais pra minha cabeça.
Enjoyem :)

Love Will Come Through

If I told you a secret
You won't tell a soul
Will you hold it and keep it alive?

Cause it's burning a hole
And I can't get to sleep
And I can't live alone in this lie

So look up
Take it away
Don't look da-da-da-down the mountain

If the world isn't turning
Your heart won't return
Anyone, anything, anyhow

So take me, don't leave me
Take me, don't leave me
Babe, love will come through, it's just waiting for you

Well I stand at the crossroads
Of highroads and lowroads
And I got a feeling it's right

If it's real what I'm feeling
There's no makebelieving
The sound of the wings of the flight of a dove

Take it away
Don't look da-da-da-down the mountain

If the world isn't turning
Your heart won't return anyone, anything, anyhow...

So take me, don't leave me
Take me, don't leave me
Babe, love will come through, it's just waiting for you

So look up
Take it away
Don't look da-da-da-down

If the world isn't turning
Your heart won't return anyone, anything, anyhow...

So take me, don't leave me
Take me, don't leave me

Babe, love will come through, it's just waiting for you
Love will come through


O amor vai chegar

Se eu te contar um segredo
Você não dirá a ninguém?
Você vai guardá-lo e mantê-lo vivo?

Porque está fazendo um buraco
E eu não consigo pegar no sono
E eu não consigo viver essa mentira sozinho

Então olhe pra cima
Deixe pra lá
Não olhe para baixo

Se o mundo não gira
Seu coração não bate
Por ninguém, nada, de nenhum jeito

Então fique comigo, não me deixe
O amor vai chegar
Só está te esperando

Fico parado nas encruzilhadas
De rodovias e estradas
E sinto que está tudo bem

Se o que estou sentindo é verdadeiro
Não há faz-de-conta
No som das asas do vôo de um pássaro

Deixe pra lá
Não olhe para baixo

Se o mundo não gira
Seu coração não bate
Por ninguém, nada, de nenhum jeito

Então fique comigo, não me deixe
O amor vai chegar
Só está te esperando

Momento poesia. Esta é do Chacal

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20 anos recolhidos


chegou a hora de amar desesperadamente

apaixonadamente
descontroladamente
chegou a hora de mudar o estilo
de mudar o vestido
chegou atrasada como um trem atrasado
mas que chega

***FILOSOFIA DE BOTEQUIM DETECTED***

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Não há nada que uma boa conversa no messenger não resolva. Naquelas janelinhas piscantes, é possível, ao mesmo tempo, discursar sobre a estrutura óssea do bailarino e tecer comentários maldosos sobre o gordinho babaca da agência. Com algumas amigas a gente fala bem sério e com outras tem ataques de risos que fazem o departamento inteiro se perguntar “o que essa louca tem hoje?”.

Tenho uma amiga que é A companheira de todas as horas emesseênicas. Porque trabalhamos mais ou menos no mesmo ritmo, ela sempre está ali. Com ela eu falo de cortes de cabelos e de todas as vezes em que fiz e vou fazer coisas estúpidas com a minha vida. Ou com o cabelo, não importa. Mas geralmente é ela quem me faz ter os pés no chão e a cabeça nas nuvens.

Outra amiga é aquela que vive correndo, não responde muito rapidamente aos meus apelos desesperados de carência afetiva e me larga falando sozinha nas vezes que precisa sair porque sua vida não se resume ao computador. Às vezes eu sou essa amiga também.

Tem também uma gente que se reúne no chá da tarde virtual. Sim, ladys and gentlemen. Na maior falta do que fazer detected ou simplesmente falta de vontade de trabalhar, essas pessoas se reúnem para criar uma profusão de diálogos interligados e que geralmente não dão em nada. Mas nessas horas a gente aprende os melhores palavrões da vida.

Os homens tem uma relação diferente com o messenger: geralmente o usam para ofender o time do outro. E isso é tudo. Ou então eles usam a ferramentinha como forma de abordagem, prática altamente condenável, já que nada ainda superou as flores e os chocolates Lindt (a não ser os Godiva e os Guylian).

Alguns queridos não podem usar o brinquedo. Outros não querem. As pessoas bloqueadas também existem e são importantes.

Há pessoas com quem falo todos os dias que moram longe, ou com quem não me encontro tão freqüentemente, mas que sempre estarão perto. Aquelas que você tem certeza que quando encontrar vai sobrar assunto, vocês não vão calar a boca, vão perder o fio da meada e depois vão precisar passar tudo a limpo no msn de novo.

E tem aquelas que você tem medo de ver. Não sei. Eu tenho uma tendência muito forte a desmistificar as coisas que conheço no mundo real. E, se elas não perdem o encanto e a magia, ao menos me parecem desprovidas da moldura do imaginário, o que, convenhamos, não tem tanta graça assim quando começam a falar com a boca e não com os dedos. Frases feitas, geralmente. Tem gente que você deve deixar quieta no canto. Ela não serve para o mundo real, não cabe em sua vida e simplesmente não seria metade do que vendeu naquele pequeno espaço onde colocamos foto e nicknames. Tem gente que não é segura.

Mas, por outro lado, você consegue economizar horas em terapia ao conversar com seres humanos que de longe podem te dar um caminho quando te faltar o chão. Quando você tem dúvidas existenciais no meio de uma tarde friorenta, quando tem certeza que está fazendo a maior besteira do dia, quando não tem certeza se aquela vírgula separa predicado de complemento e quando não sabe o que vai fazer para o jantar.

Hoje veio lá do sul a melhor resposta para uma coisa que não perguntei. Eu usei uma foto antiga dos meus pés usando pantufas. Tudo a ver com o dia. E uma amiga disse que não gostava delas. Como assim alguém pode não gostar de uma coisa tão fofa e aconchegante? E ela me disse: “pantufas são fofas, mas têm sola fina.” Verdade. Pantufas são uma fraude. Uma grande mentira! Quando você mais precisa sentir seus pés protegidos e quentinhos, se engana com aquela coisa que te mostra que o chão continua gelado. Bah, como diria Alessandra.

Tanto tempo

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Há 9 anos hoje seria dia de FICAR, uma feira de nome bem sugestivo na pequena Assis, a cidade dos três esses. Estaria frio e mesmo assim as meninas da Turma do Pacotinho* insistiriam (sem que precisasse muito) para irmos na tenda que a boate mais famosa da região havia montado no meio da lama. E chovia, para ajudar.

Era um tempo obscuro, se é que isso pode acontecer com uma garota de vinte e poucos anos que ainda não sabia muita coisa da vida. Mas sinto que era obscuro porque mais uma vez eu não tinha certeza de nada e via dois caminhos à minha frente: viver ou deixar quieto.

Não é sempre que isso acontece, não é verdade? Do nada, um dia você está quieta, seguindo sua vida, quando de repente acende-se uma luz que nem é a do fim do túnel. Barulho de purpurina. E você resolve mudar tudo. Começa com a decoração do quarto. Compra edredon novo. Depois muda o corte e a cor do cabelo. Roupas novas. Olha de um jeito diferente para os passantes na rua. Acha que vai passar. E não passa. Então você percebe que realmente mudou. Não por fora, mas por dentro. E quer outra vida. Quer outro colo. Quer outro chão, talvez uma nova cidade.

Bom, essa parte da cidade eu acho que quis porque por alguns dias eu consegui ser a Joana D’Arc local. Até hoje me lembro de gente me apontando o dedo e perguntando se eu tinha surtado mesmo ou se não valia nada. Duas opções bem doloridas para quem acaba de terminar um namoro e está apaixonada por outro, hein? Duas mentiras que você, por instantes, acha que são verdades e se culpa infinitamente. E depois de tudo feito, não tem com quem dividir. Nem com as amigas, que te dão colo, mas no fundo têm certeza que você surtou, não vale a tequila que bebe, mas que tudo bem.

Não, esse texto não tem nada de melancólico. Eu não tenho saudade dessas coisas e elas nem me afetam mais. Acho engraçado lembrar dessa historinha que recomeçou há 9 anos e que parece um filme de Hollywood, passado naquelas cidadezinhas insossas onde o tédio é o responsável pelas coisas que acontecem depois que todo mundo está dormindo.

Bom mesmo é lembrar daquela noite, da tenda furada que era, de sair correndo na chuva, do rímel escorrendo no rosto, dos beijos escondidos e de ter escutado com muito medo uma pessoa dizer pela primeira vez na minha vida de que eu o encantava. Bom mesmo é saber que viver sempre vai valer a pena.

*Eu e mais meia-dúzia de loucas que faziam Unesp adquirimos o hábito de tomar pó de guaraná para conseguir agüentar uma balada inteira. A gente tinha que estudar – muito! –, eu fazia ballet, participávamos de congressos, feiras e de tantas outras atividades acontecendo ao mesmo tempo, que não havia jeito mesmo de ficar acordada, viva, sã, salva e sóbria se não fosse apelando para isso. E não existia energético ainda (vai, pode chamar de véia). Então, saíamos da casa da bióloga da turma já prontas e despertas, depois de virar um copo do pó da frutinha – que ela havia trazido da Amazônia. O duro é que mulher fala demais. Uma das loucas gritava no meio da balada que “o pó estava fazendo efeito”. Não deu um mês para um amigo me chamar de canto e perguntar se a gente estava só cheirando ou se tava injetando também. E eu, na maior ingenuidade, pensando em que moda era aquela de injetar pó de guaraná. Bom, foi assim que surgiu o apelido de Turma do Pacotinho. Ou das meninas que por duas vezes foram brindadas com lançamentos gratuitos de milho sobre suas cabeças. Mas essa é outra história.

Misha

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Um braço e uma perna não digo, mas um rim eu dava para dançar na Hell’s Kitchen Dance. Ao menos se conseguisse um ingressozinho para ver Baryshnikov dançando com um cenário de imagens de si mesmo em diversos momentos da carreira, eu seria uma bailarina com mais bagagem e um sorriso pregado na cara.
Cambistas, falem comigo!

Tiny Dancer

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Blue jean baby, L.A lady
Seamstress for the band
Pretty eyed, pirate smile
You married the music man
Ballerina, you must've seen her dancing in the sand
And now she's in me, always with me
Tiny dancer in my hand

Jesus freaks out in the street
Handing tickets out for God
Turning back she just laughs
The boulevard is not that bad

Piano man he makes his stand
In the auditorium
Looking on she sings the songs
The words she knows
The tune she hums

But oh how it feels so real
Lying here with no one near
Only you and you can hear me
When I say softly, slowly

Hold me closer tiny dancer
Count the headlights on the highway
Lay me down in sheets of linen
You had a busy day today

Blue jean baby, L.A lady
Seamstress for the band
Pretty eyed, pirate smile
You married the music man
Ballerina, you must've seen her dancing in the sand
And now she's in me, always with me
Tiny dancer in my hand

But oh how it feels so real
Lying here with no one near
Only you and you can hear me
When I say softly, slowly



Uma das coisas mais legais de ter amigos é que eles realmente se lembram de você quando vêem coisas que sabem que fariam você suspirar o dia todo.

Sexta-feira 13

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... e eu tentando matar a Emma Bovary que existe dentro de mim.

Eu, modo de usar

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Pode invadir ou chegar com delicadeza, mas não tão devagar que me faça dormir. Não grite comigo, tenho o péssimo hábito de revidar. Acordo pela manhã com ótimo humor mas... permita que eu escove os dentes primeiro. Toque muito em mim, principalmente nos cabelos e minta sobre minha nocauteante beleza. Tenho vida própria, me faça sentir saudades, conte algumas coisas que me façam rir, mas não conte piadas e nem seja preconceituoso, não perca tempo cultivando este tipo de herança de seus pais. Viaje antes de me conhecer, sofra antes de mim para reconhecer-me um porto, um albergue da juventude. Eu saio em conta, você não gastará muito comigo. Acredite nas verdades que digo e também nas mentiras, elas serão raras e sempre por uma boa causa. Respeite meu choro, me deixe sozinha, só volte quando eu chamar e, não me obedeça sempre, que eu também gosto de ser contrariada. (Então fique comigo quando eu chorar, combinado?).

Seja mais forte que eu e menos altruísta! Não se vista tão bem... gosto de camisa para fora da calça, gosto de braços, gosto de pernas e muito de pescoço. Reverenciarei tudo em você que estiver a meu gosto: boca, cabelos, os pêlos do peito e um joelho esfolado, você tem que se esfolar as vezes, mesmo na sua idade. Leia, escolha seus próprios livros, releia-os. Odeie a vida doméstica e os agitos noturnos. Seja um pouco caseiro e um pouco da vida, não de boate que isto é coisa de gente triste. Não seja escravo da televisão, nem xiita contra. Nem escravo meu, nem filho meu, nem meu pai. Escolha um papel para você que ainda não tenha sido preenchido e o invente muitas vezes.

Me enlouqueça uma vez por mês, mas me faça uma louca boa, uma louca que ache graça em tudo que rime com louca: loba, boba, rouca, boca... Goste de música e de sexo. Goste de um esporte não muito banal. Não invente de querer muitos filhos, me carregar pra a missa, apresentar sua família... isso a gente vê depois... se calhar... Deixe eu dirigir o seu carro, que você adora. Quero ver você nervoso, inquieto, olhe para outras mulheres, tenha amigos e digam muitas bobagens juntos. Não me conte seus segredos... me faça massagem nas costas. Não fume, beba, chore, eleja algumas contravenções. Me rapte! Se nada disso funcionar, experimente me amar.

(Martha Medeiros - sim, ela de novo. Desculpem-me, mas estou nessa fase.)

Dica do dia

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Clique na imagem para ampliar e conhecer melhor o Fábio, que foi meu instrutor e tem uma escola na Vila Olímpia, lugar bem bacana para quem quiser aprender Yôga.

Divã

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Não sei bem o que dizer sobre mim. Não me sinto uma mulher como as outras. Por exemplo, odeio falar sobre crianças, empregadas e liquidações. Tenho vontade de cometer haraquiri quando me convidam para um chá de fraldas e me sinto esquisita à beça usando um lencinho amarrado no pescoço. Mas segui todos os mandamentos de uma boa menina: brinquei de boneca, tive medo do escuro e fiquei nervosa com o primeiro beijo. Quem me vê caminhando na rua, de salto alto e delineador, jura que sou tão feminina quanto as outras: ninguém desconfia do meu hermafroditismo cerebral. Adoro massas cinzentas, detesto cor-de-rosa. Penso como um homem, mas sinto como mulher. Não me considero vítima de nada. Sou autoritária, teimosa e um verdadeiro desastre na cozinha. Peça para eu arrumar uma cama e estrague meu dia. Vida doméstica é para os gatos.

(Martha Medeiros, meu alter ego)

essa é a minha irmã!!!!

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na festa junina...

- ai, leandro, desculpa, não te reconheci!!!
- tudo bem, rachel, mas meu nome é rodrigo...

Achados e perdidos

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Os Ramones regravaram uma música do Doors que vim escutando hoje de manhã. Não sei bem o motivo de ela ter vindo à minha cabeça tão cedo, mas fez todo o sentido. Há momentos em que a gente precisa desacelerar. Em outros, se jogar em queda livre.
Foi procurando alguma coisa sobre a letra de Take It as It Comes que cheguei ao Metáforas da (minha) Vida. Vale a pena ler isso aqui.

iPhone

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Chegou o tempo em que as pessoas vão desejar ter os dedos pequenos e finos como uma caneta digital.

No se puede confiar en los faunos

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Relacionado com a antítese, o paradoxo é uma figura de pensamento que consiste na exposição contraditória de idéias. As expressões assim formuladas tornam-se proposições falsas, à luz do senso comum, mas que podem encerrar verdades do ponto de vista psicológico/poético.(Simplificando, é uma afirmação ou opinião que à primeira vista parece ser contraditória, mas na realidade expressa uma verdade possível.)

A diferença existencial entre antítese e paradoxo é que antítese toma nota de comparação por contraste ou justaposição de contrários, já o paradoxo reconhece-se como relação interna de contrários:

* Antítese: "Eu sou velho, você é moço."
* Paradoxo: "Eu sou um velho moço."

Luis Fernando Veríssimo escreveu: "Se você tentou falhar e conseguiu, você descobriu o que é paradoxo.
"

Pois bem, coloquei tudo isso aí para tentar achar um norte para as coisas que estou sentindo dias depois de ter assistido O Labirinto do Fauno. Não há quem me convença de que este é um filme sobre uma menina em busca de um reino encantando. Não, não. O labirinto é bem mais em baixo. O filme tem cenas de violência tão duras, que em certos momentos desejei mandar o diretor, Guillermo del Toro, para Hollywood, que isso não é coisa que se faz com a gente. Mas acabou que na última cena do filme eu não era a única pessoa a chorar desconsolada na sala e então fiquei pensando nas contradições, antíteses, ambigüidades e paradoxos da vida. Porque uma coisa pode ser feia e bela ao mesmo tempo. Ruim e boa. Distante e próxima. E por aí vai. Como misturar sabores, houve um tempo em que eu não gostava de comida doce e salgada num mesmo prato. Mas hoje vejo que a vida tem muito mais graça quando os contrários não se excluem totalmente. Virei um paradoxo a partir do momento em que tentei falhar e finalmente consegui.

Tarefa

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Me pediram para escrever o nome das cinco mulheres que mais admiro no mundo, com uma breve descrição. O que acontece é que eu admiro muita gente, mas tive que peneirar e o texto ficou isso aí que segue.

As cinco mulheres que mais admiro

Elisabeth Gelli Yazlle
Se você der uma busca nesse nome, no Google, vai entender a razão. Beth é PhD em Psicologia, entende de educação infantil como ninguém, é professora de pós-graduação em uma das mais conceituadas universidades do país, e, por acaso, minha mãe.

Hillary Clinton
Dizem que quando ela e o então presidente Bill visitaram sua cidade natal, Hillary foi abastecer o carro e um funcionário do posto a reconheceu, dizendo: “Olha só, Hillary, eu fui seu namorado na adolescência. Se você tivesse ficado comigo, seu futuro seria num posto de gasolina.” Ela respondeu: “Não, meu amigo. Se eu tivesse ficado com você, hoje você seria o presidente dos Estados Unidos”.

Ana Botafogo
Por ter sido a primeira bailarina a sambar na ponta dos pés.

Martha Medeiros
Ex-publicitária, cronista, autora de textos e poesias contemporâneas que falam do dia-a-dia e de sentimentos, de maneira simples e doce.

Lúcia Helena
Porque ela é minha esteticista, deixa a pele maravilhosa, conversamos sobre tudo e saio do consultório como se tivesse feito terapia.

Liçãozinha de casa

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Uma guria linda que tem idade para ser minha irmã mais nova me mandou um texto que não pude deixar de publicar. Para tomar todo o dia em jejum, melhora consideravelmente o estado da alma.

“Uma vez eu li que reprimir nossas fantasias é uma amputação. A gente é o que vive e também o que a gente delira, sonha, projeta, inventa, reconstrói, ousa... Verbos, aliás, raramente praticados no nosso santificado dia-a-dia. Há milhares de possibilidades de sensações a serem desfrutadas sem prejuízo algum para os outros ou para nós mesmos. Passamos a vida inteira cumprindo o que esperam de nós, respeitando os sinais de trânsito, pagando os impostos em dia, decorando senhas, sendo gentis, solidários, pacientes, chegando pontualmente ao serviço, ouvindo desaforos e grosserias de quem não nos compreende, tudo para contribuir com a paz no mundo... Fantasiar é o mínimo que podemos fazer de agrado com a gente! É inofensivo, saudável e de graça. Ajuda a perder peso, e a não perder o controle. Muito pelo contrário: quem tem medo do próprio pensamento é que já está comprometido.”

Tee

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Me esqueci de dizer que a coisa mais legal que trouxe de Nova York foi uma camiseta.

Realismo francês

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O problema, ah o problema de fazer 30 anos, é que seus sonhos às vezes te sabotam. Fazem você ter certeza que ainda pode sair correndo pelada na praia com as amigas em noite de lua, que pode passar um fim de semana acampando com amigos esquisitos e que ainda dá certo cair numa balada até as 5 da manhã e ter que acordar cedo depois pra trabalhar.

Para estragar o post anterior

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O dia está horroroso hoje, um frio que a Mel comparou à Groenlândia. E nem estou em Nova York. O trabalho está me matando. Fiz muitas dúzias de anúncios de uma famosa companhia de telefone celular. Sozinha. Tive três vontades horrendas de chorar abraçada à minha cachorra. E ela só queria morder minha mão. Eu, que sou conhecida por não gostar de doces, em especial os chocolates, devorei 1/3 de uma caixa de Lindt. Não estou na TPM, nem isso posso culpar. Queria um cobertorzinho, minha cama e alguém que entendesse meus pensamentos, que insistem em falar javanês.

conversa

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tinha muita coisa pra falar, muito pra desabafar, ainda bem que vc existe, minha amiga...

"Definitivo, como tudo o que é simples. Nossa dor não advém das coisas vividas, mas das coisas que foram sonhadas e não se cumpriram.Por que sofremos tanto por amor? O certo seria a gente não sofrer, apenas agradecer por termos conhecido uma pessoa tão bacana, que gerou em nós um sentimento intenso e que nos fez companhia por um tempo razoável, um tempo feliz. Sofremos por quê? Porque automaticamente esquecemos o que foi desfrutado e passamos a sofrer pelas nossas projeções irrealizadas, por todas as cidades que gostaríamos de ter conhecido ao lado do nosso amor e não conhecemos, por todos os filhos que gostaríamos de ter tido junto e não tivemos, por todos os shows e livros e silêncios que gostaríamos de ter compartilhado, e não compartilhamos. Por todos os beijos cancelados, pela eternidade interrompida.Sofremos não porque nosso trabalho é desgastante e paga pouco, mas por todas as horas livres que deixamos de ter para ir ao cinema, para conversar com um amigo, para nadar, para namorar.Sofremos não porque nossa mãe é impaciente conosco, mas por todos os momentos em que poderíamos estar confidenciando a ela nossas mais profundas angústias se ela estivesse interessada em nos compreender.Sofremos não porque nosso time perdeu, mas pela euforia sufocada.Sofremos não porque envelhecemos, mas porque o futuro está sendo confiscado de nós, impedindo assim que mil aventuras nos aconteçam, todas aquelas com as quais sonhamos e nunca chegamos a experimentar.Como aliviar a dor do que não foi vivido?A resposta é simples como um verso: Se iludindo menos e vivendo mais !!!A cada dia que vivo, mais me convenço de que o desperdício da vida está no amor que não damos, nas forças que não usamos, na prudência egoísta que nada arrisca, e que, esquivando-se do sofrimento, perdemos também a felicidade. A dor é inevitável. O sofrimento é opcional." Drummond

Start spreading the news

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Daqui a alguns dias viajo para Nova York e arredores. Conheci a cidade (Manhattan, mais especificamente) há 10 anos e foi um dos lugares mais incríveis da partezinha do mundo que já visitei. Achei a cidade tão acolhedora, que passaria boa parte de minha vida lá. E olha que época eu estava sozinha, fazendo curso de ballet sem conhecer ninguém na Big Apple. Mas me sentia em casa e sempre desejei voltar.
Pois bem, dessa vez, graças a uma indicação do Auki, eu e o namorido nos programamos direitinho para tirar férias juntos e aproveitar a chance. We want to wake up in the city that never sleeps, afinal.
Por isso, e graças a outros amigos que têm dado dicas muito boas, páginas e mais página fuçadas na internet, resolvi fazer um roteirinho para mim mesma e para quem quiser aproveitar cada cantinho. É uma forma de me lembrar das coisas que quero conhecer ou rever quando estiver lá e puder entrar aqui no meu blog. Uma forma de dividir também as dicas mais legais dessa cidade que é meio de todo o mundo.

Para começar, o hotel
Eu não sou muito chata e exigente com acomodações, não. Mas o namorido é e embarco nesse lado confortável das idéias dele. Por isso, procuramos muuuito hotéis bons e baratos e hostels (albergues) limpinhos. Eu não conheço, mas uma de minhas primeiras opções havia sido a rede Jazz. O site é diferenciado, as fotos aparentam ser verdadeiras e o clima todo da coisa nos fez decidir. Mas, quando consegui confirmar a passagem, os quartos privativos com banheiro não estavam disponíveis. Ou melhor, caçando bastante, seria possível encontrar algumas datas, mas pelo preço (USD 60 por pessoa, ao contrário da maioria dos hotéis, que cobra pelo quarto), compensaria ir para um hotel de verdade. Ponto pro namoridão.
Segui a dica de uma matéria da revista VIP, que pode ser lida aqui. Não se assustem, ela começa meio elitista, mas eu queria mesmo opiniões sinceras sobre hospedagem. O que nos fez decidir pelo Days Inn. Na volta eu conto como foi.

Primavera em Nova York
De março a maio a temperatura varia de 8 a 16ºC, o que significa frio para gente como eu. Uma amiga disse que há dias gelados e outros com muito sol, então vai ser aquela: casacos fáceis de pôr e tirar. Ótima temperatura para andar e fazer passeios a pé. Época de tulipas e cerejeiras nos parques, temporada de estréias no New York City Ballet e desfiles e festas na cidade.

Passeios tradicionais em Manhattan, separados por região
Bom, selecionei coisas que eu ainda não conheço e alguns lugares que quero rever. As dicas foram colhidas no Guia Nova York, da Folha, e também no site Vamos para Nova York e no da Tânia Menai.

Lower Manhattan: World Trade Center (longe de mim fazer turismo de tragédia, mas acredito ser importante testemunhar uma parte da história), Wall Street, New York Stock Exchange, Battery Park, Estátua da Liberdade, Ellis Island.

Seaport e Civic Center: South Street Seaport, ponte do Brooklyn, New York County Couthouse, City Hall

Lower East Side: Little Italy, Chinatown

SoHo e Tribeca: Pottery Barn, Apple Store

Greenwich Village: New York University, Washington Square

East Village: Public Theather

Gramercy e The Flatiron District: Flatiron Building, Madison Square, Ladie’s Mile, Union Square

Chelsea e Garment District: Herald Square, Empire State Building, Macy’s, Madison Square Garden, Chelsea Hotel

Theater District: Times Square, Rockefeller Center, Top of the Rock, Radio City Hall, Bryant Park, The New York Public Library, City Center of Music and Dance, Carnegie Hall

Lower Midtown: Grand Central Terminal, Chrysler Building, Nações Unidas

Upper Midtown: Fifth Avenue, Trump Tower, Museum of Modern Art, St. Patrick’s Cathedral, Bloomingdale’s

Upper East Side: Jewish Museum e demais museus (Guggenheim e Metropolitan)

Central Park: Zoo, Strawberry Fields, Central Park Wildlife Center, estátua de Hans Christian Andersen, Dairy, Bethesda Fountain and Terrace, Alice no País das Maravilhas, Belvedere Castle

Upper West Side: Lincoln Center, Metropolitan Opera House, American Museum of Natural History, Dakota Building

Morningside Heights e Harlem: Columbia University, Cathedral of St. John the Divine, Abyssinian Baptist Church

Muitos desses lugares podem ser vistos em um só dia. Não falei aqui, mas nem precisa: é fundamental assistir a algum musical da Broadway entre um passeio e outro!

Lado B: lugares que não estão em qualquer guia
Astor Place: rua que reúne espaços para shows de rock
CBGB: o antigo clube punk fechou as portas (2 leste com a Bowery) e agora uma loja de suvenir funciona na 19-23 St. Marks Place
Joey Ramone Street: 2 leste com a Bowery
Tom’s Restaurant (do seriado Seinfeld): esquina da rua 112 com Broadway

Compras:
Não que eu não queira trazer um mundo de coisas de lá, mas convenhamos que isso não é mais como há 10 anos, com o dólar a 1 pra 1. Dessa feita quero mesmo é poder trazer pedacinhos da Big Apple pra minha casa. E, entre outras coisas, não posso me esquecer:
- The New York Times Manual of Style and Usage
- Uma camiseta I Love New York para minha pug
- Coisinhas dos Ramones da Virgin
- CDs de aulas do David Howard

Para os sacoleiros de plantão, um lugar de onde muita gente saiu com as mãos sangrando de tanto carregar muamba: Woodbury Common Premiun Outlets!

Bom, assim que eu me lembrar de mais coisas, coloco aqui. Aceito sugestões também. Vou para Boston também e não sei muito o que esperar de lá, a não ser uma visita obrigatória (com interesse em um curso) a Harvard. Terei uma guia querida e um primo que mora com um cachorro fofo para visitar, então deixo nas mãos de quem sabe das coisas.

See you, guys.

Uma verdade inconveniente

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Assisti a pouquíssimos filmes que estavam concorrendo ao Oscar deste ano, mas gosto de ver a premiação, que geralmente é um termômetro do que pensa uma parte da ‘elite’ americana, tão perdida em meio a seus próprios conceitos. Algumas coisas me incomodam nela, mas não sou dada a criticar culturas que me cercam de alguma forma e das quais tento extrair a melhor parte.
Mas, enfim, para mim a noite teve uma grande estrela: gostei de ver Al Gore sendo muito aplaudido por uma platéia que, para mim, parecia estar vendo com um olhar estrangeiro (talvez acordando?) a situação de seu país e do mundo. Gostaria muito que os americanos cismassem com os problemas causados pelo aquecimento global. Porque, quando americano cisma com alguma coisa, sabe ser bom nisso.
Só tenho medo do que possa pensar a ‘elite’ de outros lugares do mundo. Tenho a impressão que uma parcela muito grande de pensadores contemporâneos, gente formadora de opinião mesmo, torce contra o que possa acontecer de melhor nos rumos da política lá do norte. Porque, a partir do momento em que o vilão americano não puder ser mais responsabilizado pelas mazelas às quais estamos submetidos, vamos ter que começar a olhar pro nosso próprio umbigo e ver que alguns problemas também são nossos.
Pensei nisso tudo enquanto voltava da praia para São Paulo. Vinha de carro pela marginal do Rio Pinheiros e vi que um caminhão provavelmente deixou cair sua carga (isopor provindo da decoração de carnaval?) no gramado da lateral da pista. O caminhão não estava mais lá e as placas coloridas já tinham sido levadas pelo vento em todas as direções. Enquanto elas voavam, lentamente, eu fiquei pensando se um dia conseguiremos agir mais e falar menos.

Notícias do carnaval

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Caros leitores dos diários alheios, meu amigo Velvet, que está de relações rompidas com seu único e legítimo blog (que eu saiba), mandou notícias do norte. Bem, quero dizer, as notícias vieram mesmo é pelo José Simão, que descobriu que meu caro amigo, inspirado pelos blocos de rua do Rio de Janeiro, e sua trupe criaram um bloco de carnaval com o singelo nome de Filhos de Glande. Eu daria a eles o seguinte slogan: “E quem não é?”.
A seguir, detalhes dessa conversa de doido, que atravessou o país e chega com exclusividade (hãn?) a vocês.
Axé pra todo mundo, axé.

JOSÉ SIMÃO

Ueba! quero a Eva, não o Evo!
16/02/2007 01:10

BUEMBA! BUEMBA! Macaco Simão Urgente! O esculhambador-geral da República! Direto do País da Piada Pronta! E tá rolando a frase do dia: se reduzirem muito a maioridade penal, o Michael Jackson vai virar agente penitenciário. Rarará! Máica Jéssica pra agente penitenciário!

E tá rolando overbook até em cruzeiro! Overbook no cruzeiro do Roberto Carlos: te dão duas passagens pro cruzeiro do ERASMO! Rarará!
E eu peguei a gripe Evo Morales: te deixa totalmente sem gás! Aliás, a Bolívia agora só vai vender uma coisa para o Brasil: Coca sem gás! E quente. Rarará!

E todo feriadão vem essa clássica seção nos jornais: o que abre e fecha? E todo ano eu repito, óbvio: o que abre e fecha no Carnaval? As pernas. As pernas e porta de geladeira! Rarará!

E o Evo da Bolívia? Que visita mais inconveniente. Véspera de Carnaval todo mundo querendo Eva, mulher pelada, e chega o Evo! Com a cara do Zacarias dos Trapalhões! O dono do gás! O Evo nacionalizou o PUM! Agora o lema na Bolívia é O PUM É NOSSO! El Pum es Nuestro!

E um amigo meu vai estocar repolho, ovo cozido, batata doce e brócolis: 'Se o gás ficar muito caro, o meu carro será movido a pum'. Tem até adesivo: carro movido a pum! Rarará! Problema de gases? Toma Luftal!

E hoje São Paulo fica vazia. Tão vazia que você pode atravessar a rua de olho fechado sem ser atropelado! Hoje 75% da população sexualmente ativa deixa a cidade! E quem fica vai ficar na mão! Rarará! É mole? É mole, mas sobe!
Ou, como diz aquele outro: é mole mas, se provocar, ressuscita! Antitucanês Reloaded, a Missão. Continuo com a minha heróica e mesopotâmica campanha 'Morte ao Tucanês'. Acabo de receber mais um exemplo irado de antitucanês. É que em Belém tem um bloco inspirado no bloco baiano Filhos de Gandhi chamado Filhos de Glande. Rarará! Bloco universal e sem preconceitos porque todos somos filhos de glande. Mais direto, impossível. Viva o antitucanês! Viva o Brasil!

E atenção! Cartilha do Lula. Mais um verbete pro óbvio lulante. 'Moralista': companheiro puxa saco do Evo Morales. Rarará!
O lulês é mais fácil que o inglês. Nóis sofre, mas nóis goza. Hoje só amanhã.
Que eu vou pingar o meu colírio alucinógeno!
E quem não tiver colírio pode pingar repelente pra borrachudo com cheirinho da loló.

enquanto isso no msn...

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Fulana diz:
Fulano está desse jeito ultimamente: antes de perguntar o que é, ele pergunta quanto custa
Fulana diz:
é um sacooooo
Beltrana diz:
eu preciso fazer um clareamento
Beltrana diz:
e Beltrano reclamou
Fulana diz:
eles não entendem, né?
Beltrana diz:
não
Fulana diz:
ainda mais se for com roupa ou cremes
Beltrana diz:
acha que eu trabalho pra ele comprar relógios
Fulana diz:
boa
Beltrana diz:
eu trabalho pros meus sapatos
Fulana diz:
eu também
Fulana diz:
Fulano tem vários relógios... um dia ele saiu e voltou com três no pulso.
Fulana diz:
não discuti, mas pergunta se eu posso fazer isso em plena liquidação da Zara?
Beltrana diz:
e a gente não pode ter 30 pares de sapato?
Fulana diz:
eles não vêem diferença
Fulana diz:
os infelizes só usam sapato, tênis ou chinelo
Beltrana diz:
30 pares é o mesmo preço de duas TVs de LCD, né? nada de mais...
Fulana diz:
Humpf
Beltrana diz:
precisa comprar um notebook de 8 mil reais?
Fulana diz:
Não. Mas precisavam saber a diferença entre rasteirinha, plataforma, anabela...
Fulana diz:
pobres de espíritoooo
Beltrana diz:
e shampoo então?
Beltrana diz:
eles acham que a gente usa palmolive?
Fulana diz:
ACHAM
Fulana diz:
pq o Fulano compra desse pra mim
Beltrana diz:
anticaspa ainda, né?
Fulana diz:
daí eu vou e compro o Éh escondido
Beltrana diz:
eu também
Beltrana diz:
tô fazendo isso
Fulana diz:
é o jeito
Beltrana diz:
quando ele vê, tô com a coleção
Fulana diz:
Amiga, ta difícil manter meu cabelo castanho com os cabelos brancos
Fulana diz:
eles aparecem muito
Fulana diz:
a cada 15 dias
Fulana diz:
pq, pra ajudar, meu cabelo cresce muito rápido
Fulana diz:
e é naturalmente escuro
Fulana diz:
então nasce aquele contraste
Beltrana diz:
eu tenho 1 fio branco, acredita?
Beltrana diz:
arranco sempre
Fulana diz:
eu tenho vários
Fulana diz:
há muito tempo já
Fulana diz:
sorte que eles são espalhados
Fulana diz:
parecem luzes mesmo
Beltrana diz:
eu tenho esse único
Beltrana diz:
inferno
Fulana diz:
quer mais, é?
Beltrana diz:
não quero mais esse
Beltrana diz:
ele cresce espetado
Fulana diz:
ai, tem isso, né?
Fulana diz:
os meus quando começaram eram assim
Fulana diz:
hoje eles estão mais comportados
Fulana diz:
o bom é que são os fios que mais brilham com a tinta, sabia?
Fulana diz:
com preto, parece um nylon
Beltrana diz:
o meu não tinge nem que jesus cristo ameace excomungá-lo
Fulana diz:
hahahahahahahahahahaha
Fulana diz:
é por causa da cor
Fulana diz:
eles só pegam as cores escuronas mesmo
Beltrana diz:
então acho que estou condenada. ele fica único e espetadinho
Beltrana diz:
esperando a pinça
Beltrana diz:
que ódio
Fulana diz:
eu imagino
Fulana diz:
já passei por isso
Fulana diz:
Beltrana, a gente devia salvar essas conversas sobre futilidades
Fulana diz:
é muito engraçado
Beltrana diz:
vamos começar a salvar hoje
Fulana diz:
vamos
Fulana diz:
somos muito engraçadas
Fulana diz:
e modestas
Beltrana diz:
e lindas. nunca esqueça disso!!!
Beltrana diz:
essas conversas são as melhores mesmo
Beltrana diz:
mas aquelas de quando a gente tá deprimida também
Fulana diz:
também...

São Valentim

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O Dia dos Namorados, 12 de junho no Brasil e 14 de fevereiro em Portugal, é uma data criada pelo comércio para reproduzir o mesmo efeito do Dia de São Valentim (14/2), equivalente de países do hemisfério norte, para incentivar a troca de presentes entre os "apaixonados".

Bom mesmo é comemorar todos os dias.

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Contagem regressiva

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Publicidade

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Acabei de criar uma assinatura para meus e-mails, divulgando este sítio rosado que divido com a sumida Mel:

De olho

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Tarde da noite, depois de um dia inteiro de trabalho, ballet, ensaio.
Chego em casa doida por um banho, pijama, travesseiro. Entro no chuveiro e todo dia é sagrado: Miss Piggy me acompanha. Se não fechar a porta do box, a bicha se molha junto. Já chegou ao cúmulo de tomar banho com meu shampoo. Agora ela fica no tapetinho do banheiro, roendo qualquer coisa que estiver por perto (tipo chinelo, pote de creme ou escovinha de unha), e olhando fixamente para cada movimento que faço, desde me ensaboar, passar hidratante, perfume.
Já cheguei a pensar que ela queria ser eu. Como num filme bem bizarro de Sessão da Tarde, em que o lindo cãozinho, inconformado com sua condição de animal, falasse para os outros bichinhos, com uma vozinha fininha e dublada: “este corpo não me pertence, será que não percebem que eu não nasci para ficar correndo atrás do rabo?”.
Por isso, sem que ninguém me visse, joguei perfume e passei gloss nela. Os meus, o que é pior (e antes que a associação protetora dos animais ou a Luísa Mel me linchem, devo avisar que foi bem pouquinho, de longe, e uma vez só, porque ela estava olhando muito).
Mas nem assim. Miss Piggy continua com seu job preferido: olhar. Deve ser por isso que os pugs têm olhos tão grandes. Passam o dia brincando, dormindo ou fuçando a casa sem nunca deixar de ver o que você está fazendo. Parecem falar com os olhos, precisam constantemente de contato visual, ficam paradinhos esperando algum sinal seu – uma piscada que seja – para continuar vivendo suas vidinhas felizes.
É por isso que eu me sinto no melhor Big Brother do mundo: onde não há gente jogando, não existe nenhum paredão e onde as câmeras uma hora se cansam e procuram seu colinho para dormir o melhor dos sonos.

Tabelinha moderna

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Dica do dia: a Ticker Factory faz esses marcadores bonitinhos para calcular seu ciclo menstrual, datas de aniversários, férias, eventos, freqüência de atividades físicas entre outras coisinhas boas de lembrar.




Vamos ver se funciona.
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I'm going through changes

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Levei a sério aquela história de fazer do ano novo um ano diferente, e 2007 já começou com muitas novidades e uma rotina nova. Mudei até o template do blog, inserindo frescurinhas aqui e ali, como todo blogueiro que se preza adora fazer.
Mas o fato é que finalmente estou conseguindo realizar meus planos diabólicos de salvar o mundo. Pelo menos o meu mundo, o que já é um passo.
A principal mudança é que agora eu passo mais tempo fazendo o que realmente gosto. Dançar virou quase que uma obrigação diária, mas isso é tudo que eu sempre quis. Retomei o ballet com tudo e tenho praticado yôga em casa também (mas quero voltar logo para a escola, essa é a próxima prioridade da listinha).
Não sei se é por isso que tenho sentido aquelas “borboletas” de novo. Mas o fato é que está tudo indo muito bem, estou até gostando de trabalhar aqui na agência – como se soubesse que não será mais por muito tempo. Calma, gente, é que vou tirar férias.
Falando nisso, cadê a Mel, hein?
Beijinhos. Au revoir. Swásthya.


Even flow, thoughts arrive like butterflies

Da série Coisas Legais da Propaganda

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Olha aí uma idéia que só deixa a cidade mais bonita.

Conversa na cama

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-Querido?
-Hãn
-Preciso cortar meu cabelo.
-De novo? Mas você não cortou esses dias?
-Calma, isso foi um teaser.

Eu não sei fazer poesia

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Lindinha a despedida do Marcelo Camelo em seu blog.
Acho que todo mundo deveria aprender a dizer adeus.

eu sou só um você
que você não quis
e querer é coisa tão pequena
que só não sou você por um triz

Bem-vindo, 2007

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