Paty mandou

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Rapidinhas para quem se importa com minha vida

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Tá faltando tempo e sobrando assunto, então vamos às novidades que não devem interessar à ninguém na Terra, mas que talvez possam me servir de lembrança num futuro distante (tô pegando essa mania do Xis ou do Raoní?).

- Trabalhei o fim de semana feito um dromedário. Entrei na agência na sexta de manhã e saí no sábado cedo. Voltei no domingo à tarde e fiquei até a noite.

- No intervalo entre revisar malditos materiais para dentistas em espanhol e uma lista de 4 páginas de jornal cheias de nomes em corpo 6, eu recebi visitas muito especiais em casa: Vanina, Fê Gomes e o Xis, devidamente acompanhados de seus pares.

- Andei, pela primeira vez na vida, de helicóptero, graças a um amigo dos amigos que também apareceu em casa.

- Cheguei segunda-feira no trabalho e minha chefe veio me contar que um material que eu não tinha revisado apareceu com erro e estavam reclamando do meu departamento. Justo, já que eu não tinha visto. Mas agora tenho certeza que falta muito job para algumas pessoas dessa espelunca.

- Hoje mais um bando formado por um consumidor desocupado e um cliente burro mandou um e-mail para a agência reclamando de um texto, e sugerido (impondo, na verdade) algumas alterações do tipo "troque 6 por meia-dúzia que vai ficar muito melhor". Tive que passar a tarde escrevendo um texto de defesa e faço questão de publicar abaixo alguns trechos:

"Fulano do Atendimento, seguem minhas considerações sobre o e-mail recebido pelo cliente: a sugestão de alteração do trecho “agências de publicidade, modelos e atores” poderia confundir o leitor e levá-lo à interpretação equivocada de que uma só agência teria os três tipos de serviços/profissionais. Por isso o texto, como foi veiculado, é apropriado e está de acordo com as formas pelas quais as agências são conhecidas: agências de publicidade, agências de modelo (singular) e agências de atores.

Quantos aos verbos “captarem” e “utilizarem”, são casos de infinitivo flexionado, idiomatismo da língua portuguesa, ou seja, fenômeno característico, típico de nossa língua, embora não seja exclusivo dela.

No texto do seu cliente, podemos usar o infinitivo flexionado justamente para desfazer possíveis ambigüidades. Há bastante controvérsia, mesmo entre os gramáticos, acerca desse assunto, porém ninguém deve ser dogmático ou autoritário a ponto de tachar de errado o período que não siga estritamente a norma culta, pois o contrário nem sempre fica mal. “O emprego do infinitivo, flexionado ou não, depende da situação estilística”, diz a Academia Brasileira de Letras.

Finalmente, quanto a colocar “programas de televisão” no singular, talvez tenha sido feita a seguinte leitura: qualquer revista, (qualquer) jornal, (qualquer) programa de televisão, (?) internet... Acreditamos que é uma possibilidade; porém, da maneira como o redator colocou, a leitura é outra: qualquer revista, (qualquer) jornal, (em) programas de televisão, (na) internet... Preposições podem ser omitidas, principalmente na linguagem coloquial.

Para encerrar, gostaríamos de lembrar que a linguagem da propaganda se aproxima muito da fala e que questões como essas são válidas, porém nem sempre pertinentes."


- Para acabar com o dia, inventaram de criar uma licença publicitária (leia-se palhaçada) e trocaram a grafia do nome de uma marca para a nova campanha de outro cliente daqui. Vamos apostar que ainda vou ter que escrever alguma coisa defendendo essa brilhante criação?

- Meu amigo Maurício está chique e famoso, publicando uma coluna no iG. Entrem e comentem ou ele vai ficar choramingando no MSN que as pessoas nunca o ajudaram a galgar as escadas do sucesso: igjovem.ig.com.br/humor/
(No momento em que gentilmente eu falava dele aqui, começou a choradeira: "Aninha, vc tem que divulgar com um texto tipo: eu participei e muito da vida desse menino. Hoje ele é um talento da redação. Como vcs, do Rio de Janeiro para o mundo, Mauricio Meirelles.")

- Tenho 5 espetáculos de ballet agendados até o fim do ano. Dia 20 de outubro danço num concurso na sede do Banespa. Dia 11 de novembro danço no Sesc. Em 22 de novembro (dia do meu aniversário), me apresento numa escola da zona oeste. Em dezembro, danço pra escola onde dou aula dia 8 e como convidada numa montagem de Quebra-Nozes (farei a Fada Açucarada) dia 15. E no próximo feriado corro para um seminário de dança na cidade de Ourinhos. Amo muito tudo isso.

- No mais a vida tá indo bem. Ando feliz e contente e isso talvez seja sinal de que não dá pra ter tudo ao mesmo tempo e de que é bem capaz de eu ter aprendido a não me importar com isso e com as coisas pequenas. Saber ver um lado bom em tudo talvez seja sinal de maturidade. E segue o baile.

Tiazinha

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Acabo de ficar sabendo que vou ganhar um oitavo sobrinho. Haja ingresso pro Parque da Mônica!

Keep on Trocking

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Pronto, foi só receber o guia do fim de semana do Estadão, que quase tive uma síncope em casa. Além de ter me dado conta que não assisti a ótimos musicais que estão em cartaz na cidade, como My Fair Lady, Peter Pan e Miss Saigon, e depois de ter perdido a Hell's Kitchen, estou em pânico desde que descobri que Les Ballets Trockadero de Monte Carlo estarão se apresentando no Teatro Municipal de São Paulo, nos dias 18 e 19 de setembro.

Para quem não tem idéia do que estou falando, os Trocks surgiram, em 1974, no circuito off-Broadway de Nova York como um grupo de homens bailarinos que dançam, nas pontas dos pés, papéis exclusivamente femininos. Com técnica apurada, eles conseguem dar aos ballets clássicos de repertório maior virtuosismo, já que alguns passos, piruetas e saltos são considerados difíceis para mulheres, mas os homens fazem com facilidade. E daí nasce a piada, porque os bailarinos fazem cara de que nada está acontecendo enquanto "se jogam" nos papéis de Paquita ou Odete/Odile no Lago do Cisne, entre outros, com figurinos fiéis ao estilo, levando em conta a tradição clássica, mas com adereços inusitados e muito humor. E, o melhor, com um físico masculino usando sapatilha rosa tamanho 44!

É possível, por exemplo, ver um cisne se depenando todo, uma Paquita de óculos gatinho e as bailarinas do Grand Pas-de-Quatre de Pugni se provocando no palco tal qual Lucile Grahan, Carlotta Grisi, Fanny Cerrito e Marie Taglioni devem ter desejado fazer em 1845, quando esse ballet foi criado para elas, as maiores estrelas da época.

Há quem pense que tanta comédia e purpurina tenham feito do Trockadero uma companhia travestida e não muito séria. Grande engano. Os artistas têm formação profissional e fizeram parte de grandes companhias de dança de vários países. Mas agora se dividem papéis masculinos e femininos e adotam perfis como Velour Pilleaux/Ida Nevasayneva, nomes de guerra (e trocadilhos deliciosos) de Paul Ghiselin, um dos meus preferidos.

É comum os Trocks caírem das pontas ou dançarem contemporâneo ao som do estouro de papel-bolha, provocando todos os "segmentos" dançantes. Mas seja qual for a idéia, eles fazem mais ou menos o que querem e aquilo que todos que dançam fazem escondidos atrás das cortinas rindo muito. Verdadeira arte.


Amostra grátis de uma Morte do Cisne hilária, com a grande Ida Nevasayneva

O Alien dentro de mim

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Assinei um acordo de paz interior. Vamos ver até onde vai.