Uma verdade inconveniente

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Assisti a pouquíssimos filmes que estavam concorrendo ao Oscar deste ano, mas gosto de ver a premiação, que geralmente é um termômetro do que pensa uma parte da ‘elite’ americana, tão perdida em meio a seus próprios conceitos. Algumas coisas me incomodam nela, mas não sou dada a criticar culturas que me cercam de alguma forma e das quais tento extrair a melhor parte.
Mas, enfim, para mim a noite teve uma grande estrela: gostei de ver Al Gore sendo muito aplaudido por uma platéia que, para mim, parecia estar vendo com um olhar estrangeiro (talvez acordando?) a situação de seu país e do mundo. Gostaria muito que os americanos cismassem com os problemas causados pelo aquecimento global. Porque, quando americano cisma com alguma coisa, sabe ser bom nisso.
Só tenho medo do que possa pensar a ‘elite’ de outros lugares do mundo. Tenho a impressão que uma parcela muito grande de pensadores contemporâneos, gente formadora de opinião mesmo, torce contra o que possa acontecer de melhor nos rumos da política lá do norte. Porque, a partir do momento em que o vilão americano não puder ser mais responsabilizado pelas mazelas às quais estamos submetidos, vamos ter que começar a olhar pro nosso próprio umbigo e ver que alguns problemas também são nossos.
Pensei nisso tudo enquanto voltava da praia para São Paulo. Vinha de carro pela marginal do Rio Pinheiros e vi que um caminhão provavelmente deixou cair sua carga (isopor provindo da decoração de carnaval?) no gramado da lateral da pista. O caminhão não estava mais lá e as placas coloridas já tinham sido levadas pelo vento em todas as direções. Enquanto elas voavam, lentamente, eu fiquei pensando se um dia conseguiremos agir mais e falar menos.

Notícias do carnaval

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Caros leitores dos diários alheios, meu amigo Velvet, que está de relações rompidas com seu único e legítimo blog (que eu saiba), mandou notícias do norte. Bem, quero dizer, as notícias vieram mesmo é pelo José Simão, que descobriu que meu caro amigo, inspirado pelos blocos de rua do Rio de Janeiro, e sua trupe criaram um bloco de carnaval com o singelo nome de Filhos de Glande. Eu daria a eles o seguinte slogan: “E quem não é?”.
A seguir, detalhes dessa conversa de doido, que atravessou o país e chega com exclusividade (hãn?) a vocês.
Axé pra todo mundo, axé.

JOSÉ SIMÃO

Ueba! quero a Eva, não o Evo!
16/02/2007 01:10

BUEMBA! BUEMBA! Macaco Simão Urgente! O esculhambador-geral da República! Direto do País da Piada Pronta! E tá rolando a frase do dia: se reduzirem muito a maioridade penal, o Michael Jackson vai virar agente penitenciário. Rarará! Máica Jéssica pra agente penitenciário!

E tá rolando overbook até em cruzeiro! Overbook no cruzeiro do Roberto Carlos: te dão duas passagens pro cruzeiro do ERASMO! Rarará!
E eu peguei a gripe Evo Morales: te deixa totalmente sem gás! Aliás, a Bolívia agora só vai vender uma coisa para o Brasil: Coca sem gás! E quente. Rarará!

E todo feriadão vem essa clássica seção nos jornais: o que abre e fecha? E todo ano eu repito, óbvio: o que abre e fecha no Carnaval? As pernas. As pernas e porta de geladeira! Rarará!

E o Evo da Bolívia? Que visita mais inconveniente. Véspera de Carnaval todo mundo querendo Eva, mulher pelada, e chega o Evo! Com a cara do Zacarias dos Trapalhões! O dono do gás! O Evo nacionalizou o PUM! Agora o lema na Bolívia é O PUM É NOSSO! El Pum es Nuestro!

E um amigo meu vai estocar repolho, ovo cozido, batata doce e brócolis: 'Se o gás ficar muito caro, o meu carro será movido a pum'. Tem até adesivo: carro movido a pum! Rarará! Problema de gases? Toma Luftal!

E hoje São Paulo fica vazia. Tão vazia que você pode atravessar a rua de olho fechado sem ser atropelado! Hoje 75% da população sexualmente ativa deixa a cidade! E quem fica vai ficar na mão! Rarará! É mole? É mole, mas sobe!
Ou, como diz aquele outro: é mole mas, se provocar, ressuscita! Antitucanês Reloaded, a Missão. Continuo com a minha heróica e mesopotâmica campanha 'Morte ao Tucanês'. Acabo de receber mais um exemplo irado de antitucanês. É que em Belém tem um bloco inspirado no bloco baiano Filhos de Gandhi chamado Filhos de Glande. Rarará! Bloco universal e sem preconceitos porque todos somos filhos de glande. Mais direto, impossível. Viva o antitucanês! Viva o Brasil!

E atenção! Cartilha do Lula. Mais um verbete pro óbvio lulante. 'Moralista': companheiro puxa saco do Evo Morales. Rarará!
O lulês é mais fácil que o inglês. Nóis sofre, mas nóis goza. Hoje só amanhã.
Que eu vou pingar o meu colírio alucinógeno!
E quem não tiver colírio pode pingar repelente pra borrachudo com cheirinho da loló.

enquanto isso no msn...

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Fulana diz:
Fulano está desse jeito ultimamente: antes de perguntar o que é, ele pergunta quanto custa
Fulana diz:
é um sacooooo
Beltrana diz:
eu preciso fazer um clareamento
Beltrana diz:
e Beltrano reclamou
Fulana diz:
eles não entendem, né?
Beltrana diz:
não
Fulana diz:
ainda mais se for com roupa ou cremes
Beltrana diz:
acha que eu trabalho pra ele comprar relógios
Fulana diz:
boa
Beltrana diz:
eu trabalho pros meus sapatos
Fulana diz:
eu também
Fulana diz:
Fulano tem vários relógios... um dia ele saiu e voltou com três no pulso.
Fulana diz:
não discuti, mas pergunta se eu posso fazer isso em plena liquidação da Zara?
Beltrana diz:
e a gente não pode ter 30 pares de sapato?
Fulana diz:
eles não vêem diferença
Fulana diz:
os infelizes só usam sapato, tênis ou chinelo
Beltrana diz:
30 pares é o mesmo preço de duas TVs de LCD, né? nada de mais...
Fulana diz:
Humpf
Beltrana diz:
precisa comprar um notebook de 8 mil reais?
Fulana diz:
Não. Mas precisavam saber a diferença entre rasteirinha, plataforma, anabela...
Fulana diz:
pobres de espíritoooo
Beltrana diz:
e shampoo então?
Beltrana diz:
eles acham que a gente usa palmolive?
Fulana diz:
ACHAM
Fulana diz:
pq o Fulano compra desse pra mim
Beltrana diz:
anticaspa ainda, né?
Fulana diz:
daí eu vou e compro o Éh escondido
Beltrana diz:
eu também
Beltrana diz:
tô fazendo isso
Fulana diz:
é o jeito
Beltrana diz:
quando ele vê, tô com a coleção
Fulana diz:
Amiga, ta difícil manter meu cabelo castanho com os cabelos brancos
Fulana diz:
eles aparecem muito
Fulana diz:
a cada 15 dias
Fulana diz:
pq, pra ajudar, meu cabelo cresce muito rápido
Fulana diz:
e é naturalmente escuro
Fulana diz:
então nasce aquele contraste
Beltrana diz:
eu tenho 1 fio branco, acredita?
Beltrana diz:
arranco sempre
Fulana diz:
eu tenho vários
Fulana diz:
há muito tempo já
Fulana diz:
sorte que eles são espalhados
Fulana diz:
parecem luzes mesmo
Beltrana diz:
eu tenho esse único
Beltrana diz:
inferno
Fulana diz:
quer mais, é?
Beltrana diz:
não quero mais esse
Beltrana diz:
ele cresce espetado
Fulana diz:
ai, tem isso, né?
Fulana diz:
os meus quando começaram eram assim
Fulana diz:
hoje eles estão mais comportados
Fulana diz:
o bom é que são os fios que mais brilham com a tinta, sabia?
Fulana diz:
com preto, parece um nylon
Beltrana diz:
o meu não tinge nem que jesus cristo ameace excomungá-lo
Fulana diz:
hahahahahahahahahahaha
Fulana diz:
é por causa da cor
Fulana diz:
eles só pegam as cores escuronas mesmo
Beltrana diz:
então acho que estou condenada. ele fica único e espetadinho
Beltrana diz:
esperando a pinça
Beltrana diz:
que ódio
Fulana diz:
eu imagino
Fulana diz:
já passei por isso
Fulana diz:
Beltrana, a gente devia salvar essas conversas sobre futilidades
Fulana diz:
é muito engraçado
Beltrana diz:
vamos começar a salvar hoje
Fulana diz:
vamos
Fulana diz:
somos muito engraçadas
Fulana diz:
e modestas
Beltrana diz:
e lindas. nunca esqueça disso!!!
Beltrana diz:
essas conversas são as melhores mesmo
Beltrana diz:
mas aquelas de quando a gente tá deprimida também
Fulana diz:
também...

São Valentim

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O Dia dos Namorados, 12 de junho no Brasil e 14 de fevereiro em Portugal, é uma data criada pelo comércio para reproduzir o mesmo efeito do Dia de São Valentim (14/2), equivalente de países do hemisfério norte, para incentivar a troca de presentes entre os "apaixonados".

Bom mesmo é comemorar todos os dias.

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Contagem regressiva

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Publicidade

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Acabei de criar uma assinatura para meus e-mails, divulgando este sítio rosado que divido com a sumida Mel:

De olho

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Tarde da noite, depois de um dia inteiro de trabalho, ballet, ensaio.
Chego em casa doida por um banho, pijama, travesseiro. Entro no chuveiro e todo dia é sagrado: Miss Piggy me acompanha. Se não fechar a porta do box, a bicha se molha junto. Já chegou ao cúmulo de tomar banho com meu shampoo. Agora ela fica no tapetinho do banheiro, roendo qualquer coisa que estiver por perto (tipo chinelo, pote de creme ou escovinha de unha), e olhando fixamente para cada movimento que faço, desde me ensaboar, passar hidratante, perfume.
Já cheguei a pensar que ela queria ser eu. Como num filme bem bizarro de Sessão da Tarde, em que o lindo cãozinho, inconformado com sua condição de animal, falasse para os outros bichinhos, com uma vozinha fininha e dublada: “este corpo não me pertence, será que não percebem que eu não nasci para ficar correndo atrás do rabo?”.
Por isso, sem que ninguém me visse, joguei perfume e passei gloss nela. Os meus, o que é pior (e antes que a associação protetora dos animais ou a Luísa Mel me linchem, devo avisar que foi bem pouquinho, de longe, e uma vez só, porque ela estava olhando muito).
Mas nem assim. Miss Piggy continua com seu job preferido: olhar. Deve ser por isso que os pugs têm olhos tão grandes. Passam o dia brincando, dormindo ou fuçando a casa sem nunca deixar de ver o que você está fazendo. Parecem falar com os olhos, precisam constantemente de contato visual, ficam paradinhos esperando algum sinal seu – uma piscada que seja – para continuar vivendo suas vidinhas felizes.
É por isso que eu me sinto no melhor Big Brother do mundo: onde não há gente jogando, não existe nenhum paredão e onde as câmeras uma hora se cansam e procuram seu colinho para dormir o melhor dos sonos.

Tabelinha moderna

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Dica do dia: a Ticker Factory faz esses marcadores bonitinhos para calcular seu ciclo menstrual, datas de aniversários, férias, eventos, freqüência de atividades físicas entre outras coisinhas boas de lembrar.




Vamos ver se funciona.
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I'm going through changes

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Levei a sério aquela história de fazer do ano novo um ano diferente, e 2007 já começou com muitas novidades e uma rotina nova. Mudei até o template do blog, inserindo frescurinhas aqui e ali, como todo blogueiro que se preza adora fazer.
Mas o fato é que finalmente estou conseguindo realizar meus planos diabólicos de salvar o mundo. Pelo menos o meu mundo, o que já é um passo.
A principal mudança é que agora eu passo mais tempo fazendo o que realmente gosto. Dançar virou quase que uma obrigação diária, mas isso é tudo que eu sempre quis. Retomei o ballet com tudo e tenho praticado yôga em casa também (mas quero voltar logo para a escola, essa é a próxima prioridade da listinha).
Não sei se é por isso que tenho sentido aquelas “borboletas” de novo. Mas o fato é que está tudo indo muito bem, estou até gostando de trabalhar aqui na agência – como se soubesse que não será mais por muito tempo. Calma, gente, é que vou tirar férias.
Falando nisso, cadê a Mel, hein?
Beijinhos. Au revoir. Swásthya.


Even flow, thoughts arrive like butterflies