O rio, a cidade, a árvore

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Meu amigo Beto me lembrou ontem que há dez anos estávamos em Fresno. Acho que esses anos passaram voando pra todo mundo.
Agora os amigos falam em casamento, filhos, apartamento e trabalho. A amiga Lu, que estava na minha casa esses dias, foi responsável por uma madrugada inteira em busca do tempo perdido, como diria Proust. É, a gente provou o gosto das madalenas, se perguntando “onde estávamos nesse tempo todo?”.
Algumas coisas podem demorar um tempo para aparecer, mas nosso mundo não parou e nem tem faceta de romance francês.
Os tempos são outros, ainda que a gente sinta o mesmo frio na espinha que as montanhas-russas podem provocar. Ou uma viagem pela costa da Califórnia. Ou uma festa na faculdade, uma prova difícil, um olhar apaixonado, o primeiro emprego, o carro novo, o apartamento financiado. As borboletas não vão desaparecer nunca!
Estando assim, nesses dias de saudosismo, me chamou a atenção uma matéria da MTV sobre uma banda de Porto Alegre que tem uma comunidade enorme no orkut: Fresno. Não conheço uma música dos meninos, nem sei que tipo de som eles fazem, mas para mim não são estranhos. É como se fizessem parte de um ciclo que hoje marca dez anos passados de uma viagem que deve sido o começo de muita coisa.
Fresno também é a ávore das pessoas que nascem de 22 novembro a 1o de dezembro e 25 de maio a 3 de junho. Dizem que essas pessoas têm um atrativo fora do comum. São vivazes, impulsivas, exigentes, não se importam com a crítica. São ambiciosas, inteligentes, talentosas, gostam de jogar com o destino. Confiáveis, amantes leais e prudentes. O cérebro comanda o coração, mas o companheirismo é levado a sério.
É por isso que acredito que nesse ciclo os amigos são a parte mais importante. São o que fica. E falo isso encerrando um telefonema, no meio desse post, da amiga… de Porto Alegre! Convergências da vida.
Conheci o rio, a cidade e árvore de Fresno. E voltaria no tempo para fazer tudo de novo.

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