Quem quer um CD?

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Hoje eu estava no elevador do prédio em que trabalho com dois sujeitos falando entre si sobre os presentes do Dia dos Namorados.
Um deles estava contando que daria um CD. O outro perguntou: "Ué, mas você não baixa música na internet?". E o primeiro: "Ah, é difícil eu entrar no computador quando estou em casa, meus filhos que costumam fazer essas coisas. E eu acho legal dar um CD."
Fiquei pensando um tempo sobre a frieza de dar um CD. Não que a mídia analógica não tenha seu charme, e nem é por culpa da pirataria descarada que hoje é tão acessível a tudo e todos. Mas me lembrei do tempo em que, quando ninguém sabia o que dar de presente para uma pessoa chata do trabalho, a solução era sempre um CD.
Acho que culpar a tecnologia pela transformação do mundo é uma coisa muito demodê. As coisas perdem ou ganham seu espaço pelo que elas representam e pela forma como são ou deixam de ser usadas. E isso vem das pessoas, não das máquinas.
É isso. Eu hoje tô preferindo uma mix tape (que pode ser até no iPod). Fica a dica, rá.

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