Cara Mel, também estou feliz da vida com os comentários que recebemos e gostaria de agradecer de coração aos nossos "leitores" e fãs.
Para quem acaba de entrar no inferno astral, a minha vida está indo muito bem. Vários acontecimentos pequenos anunciam que uma coisa bacana está para acontecer e prometo que volto a falar disso em breve. Mas só para vocês saberem, uma onda de felicidade invadiu a minha praia e tenho até medo que tudo termine em novembro, no dia em que eu apagar... hãm, hãm... algumas velinhas.
Nesses três horríveis dias em que fizemos jus ao nome do nosso blog (pelo menos a parte que vem depois da vírgula) eu fui, depois de muito tempo, para o interior visitar a família e os amigos. Por isso, acredito que essa é uma boa oportunidade para falar de coisas que a gente só consegue ver nessas mágicas cidadezinhas de 100 mil habitantes:
Cachorro-quente
Não há como comparar o sanduíche feito de salsicha das pracinhas do interior com os lanches da capital. A começar pelo pão, que lá vem todo fofinho e cheirando a forno. E a gente come sentado em bancos de praça mesmo, com um céu danado de bonito, cheinho de estrelas pra deixar o hot-dog ainda mais saboroso.
Cachorro mesmo
Os cachorros do interior são muito felizes. Não têm essa frescura de pet shop a toda hora e até a poodle da minha mãe, que vive dentro de casa, tem garantido o seu direito de ir e vir sem coleira por um quintal enorme, com grama de verdade que quando é cortada deixa a casa inteira com um cheirinho herbal.
Vizinhos
Todo vizinho que se preze tem, no interior, uma meia dúzia daquelas cadeiras de ferro e plástico colorido para colocar na varanda ou na calçada e ficar "tomando a fresca" com o pessoal da rua. A criançada fica zoando com a bicicleta, a bola, os patins enquanto os mais velhos papeiam sobre o dia, a noite, o fulano, a sicrana e assim vão vivendo felizes as suas vidas.
Chuva
Quando chove no interior, a gente nunca sabe o que é mais gostoso: o cheiro de terra molhada ou a aventura de correr pelas ruas e se molhar pra valer, enquanto a mãe da gente espera com um banho bem quentinho e uma toalha felpuda.
Pão feito em casa
Verdadeira mania na minha cidade, essa iguaria só tem esse sabor se é feita em casa mesmo. Padaria não vale de nada nessas horas. E tem coisa mais gostosa do que passar manteiga no pão saído do forno e comer com um café passadinho na hora na casa da mãe da gente? Ah, não tem mesmo.
Tardes de domingo
Às vezes melancólicas demais para o meu gosto, é nas tardes de domingo que você consegue perceber que realmente está no interior. Logo depois do almoço, o silêncio reina absoluto e, se você sai na rua, pode encontrar alguns cães e gatos estirados no meio do asfalto, fazendo a sua "sesta" enquanto nas casas ouve-se o barulho do lavar dos pratos e nas esquinas alguns homens fumam pacientemente seus cigarros. Nas tardes de domingo é possível suspirar por duas saudades diferentes: a saudade da cidade grande e sua inesgotável correria que chamamos de vida, e a saudade da vida no interior, que não é senão saudade de um tempo que não volta mais.
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