Não sei se foi por causa da novela, da Parada Gay ou da Myriam Rios, mas o assunto preconceito/homossexualidade/homofobia tem voltado às manchetes e aos almoços de domingo. O que eu acho ótimo. Conversar é sempre muito bom.
Mas tenho avistado uma espécie nova nesse mundo em que estamos vivendo: aqueles que "não têm preconceito, mas..."
É, é isso aí mesmo. A pessoa se diz supermoderna, que não tem nada contra os gays, mas me bota uma vírgula, um "mas" e complementa a frase com uma afirmação tão preconceituosa quanto. Já estou identificando de longe.
Estou falando isso porque acabei de descobrir um Tumblr sobre o assunto: naotenhopreconceito.tumblr.com
Aposto um pacote de 7 Belo como você já ouviu de alguém muito próximo coisas semelhantes. Ou você até mesmo falou. Sem preconceito, gente. Pode ter pensado também.
Não é pra tacar mais pedra ou lâmpada fluorescente na cabeça de ninguém, mas que legal que tanta discussão tenha chegado até aqui. Porque o verdadeiro preconceito está sempre no fundo, não fica na superfície, onde todo mundo é legal e bonito como em seu perfil do Facebook.
Eu acho que o preconceito (aquele blablablá de que é um conceito prévio: pré + conceito) nasce dos estereótipos. Tipo o clássico "francês fede, americano é idiota e brasileiro é folgado". E é por isso que está errado. Porque isso nasce de uma imagem e não de uma verdade.
Eu mesma quero lidar melhor com o assunto. De fato, não tenho preconceito. E a partir de hoje quero não ter também nenhum tipo de ", mas..."
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2 comentários:
adorei! não sei exatamente qual é o pior tipo de preconceito, o direto ou o indireto. O "mas" dói e desrespeita tanto quanto!
parabéns pelo blog!
Né? Escuto isso todo santo dia.
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