Estava aqui pensando sobre ter filhos e, quando se pensa nisso, vem junto o ideal de mãe que eu quero ser. Acho que toda mulher tem um pouco disso e, independentemente da relação que tenha com sua mãe, quer ser sempre diferente, quer traçar um plano infalível e fazer o mundo melhor, mesmo que isso seja só um dos efeitos colaterais da maternidade e não dê em nada.
Listei algumas das ideias que ando tendo e venho em alguns anos ver se cumpri com minhas promessas - muito provavelmente não, porque no fim a gente acaba mesmo é ficando cada vez mais parecidas com nossas mãe enquanto elas riem de canto pensando consigo mesmas "não falei que isso ia acontecer?".
Então, resumindo, a mãe que eu quero ser:
- Não vai achar que sua história é única e que as histórias dos demais seres viventes (grávidos ou não) acontecerão à sua imagem e semelhança.
- Vai se emocionar com tudo o que o filho faz, mas sem ser muito cafona.
- Vai achar que seu filho é único e especial, mas sem alimentar nele qualquer estrelismo ou superpoder.
- Vai tentar viver sem neuras, frescuras e afetações em todos os setores da vida (exceção permitida para os dias de hormônios alterados).
- Vai ser amiga do seu filho, mas se tocando da idade que tem. E lembrando que os amigos um dia vão tomar seu lugar e isso é ok.
- Vai ser porto seguro e ter sempre uma palavra de consolo ou uma comidinha de mãe, sabendo respeitar o silêncio e a vontade do filho de não falar nada, se assim o quiser.
- Não vai ser mãe de novela, mas terá uma casa aconchegante para quando o filho quiser voltar.
- Vai lembrar que os tempos sempre são outros e nunca melhores ou piores que os seus. Apenas diferentes.
- Não vai envelhecer, mas saberá um dia ser avó.
- Não vai usar, em hipótese alguma as frases "Eu te avisei", "Você vai ver quando for com você", "Um dia você ainda vai me dar razão" porque espera-se que os filhos bem criados saibam disso na hora certa, sem qualquer necessidade de terrorismo ou clichê.
- Vai errar e aprender todo santo dia.
- Vai amar muito, porque todo o resto é bobagem.
Bom, basicamente esta é minha lista. Está sujeita a alterações, porque já tem nove meses que não dependo só de mim para continuar meus planos. Helena já é a coisa mais importante da minha vida.
Preconceito
Não sei se foi por causa da novela, da Parada Gay ou da Myriam Rios, mas o assunto preconceito/homossexualidade/homofobia tem voltado às manchetes e aos almoços de domingo. O que eu acho ótimo. Conversar é sempre muito bom.
Mas tenho avistado uma espécie nova nesse mundo em que estamos vivendo: aqueles que "não têm preconceito, mas..."
É, é isso aí mesmo. A pessoa se diz supermoderna, que não tem nada contra os gays, mas me bota uma vírgula, um "mas" e complementa a frase com uma afirmação tão preconceituosa quanto. Já estou identificando de longe.
Estou falando isso porque acabei de descobrir um Tumblr sobre o assunto: naotenhopreconceito.tumblr.com
Aposto um pacote de 7 Belo como você já ouviu de alguém muito próximo coisas semelhantes. Ou você até mesmo falou. Sem preconceito, gente. Pode ter pensado também.
Não é pra tacar mais pedra ou lâmpada fluorescente na cabeça de ninguém, mas que legal que tanta discussão tenha chegado até aqui. Porque o verdadeiro preconceito está sempre no fundo, não fica na superfície, onde todo mundo é legal e bonito como em seu perfil do Facebook.
Eu acho que o preconceito (aquele blablablá de que é um conceito prévio: pré + conceito) nasce dos estereótipos. Tipo o clássico "francês fede, americano é idiota e brasileiro é folgado". E é por isso que está errado. Porque isso nasce de uma imagem e não de uma verdade.
Eu mesma quero lidar melhor com o assunto. De fato, não tenho preconceito. E a partir de hoje quero não ter também nenhum tipo de ", mas..."
Mas tenho avistado uma espécie nova nesse mundo em que estamos vivendo: aqueles que "não têm preconceito, mas..."
É, é isso aí mesmo. A pessoa se diz supermoderna, que não tem nada contra os gays, mas me bota uma vírgula, um "mas" e complementa a frase com uma afirmação tão preconceituosa quanto. Já estou identificando de longe.
Estou falando isso porque acabei de descobrir um Tumblr sobre o assunto: naotenhopreconceito.tumblr.com
Aposto um pacote de 7 Belo como você já ouviu de alguém muito próximo coisas semelhantes. Ou você até mesmo falou. Sem preconceito, gente. Pode ter pensado também.
Não é pra tacar mais pedra ou lâmpada fluorescente na cabeça de ninguém, mas que legal que tanta discussão tenha chegado até aqui. Porque o verdadeiro preconceito está sempre no fundo, não fica na superfície, onde todo mundo é legal e bonito como em seu perfil do Facebook.
Eu acho que o preconceito (aquele blablablá de que é um conceito prévio: pré + conceito) nasce dos estereótipos. Tipo o clássico "francês fede, americano é idiota e brasileiro é folgado". E é por isso que está errado. Porque isso nasce de uma imagem e não de uma verdade.
Eu mesma quero lidar melhor com o assunto. De fato, não tenho preconceito. E a partir de hoje quero não ter também nenhum tipo de ", mas..."
Quem quer um CD?
Hoje eu estava no elevador do prédio em que trabalho com dois sujeitos falando entre si sobre os presentes do Dia dos Namorados.
Um deles estava contando que daria um CD. O outro perguntou: "Ué, mas você não baixa música na internet?". E o primeiro: "Ah, é difícil eu entrar no computador quando estou em casa, meus filhos que costumam fazer essas coisas. E eu acho legal dar um CD."
Fiquei pensando um tempo sobre a frieza de dar um CD. Não que a mídia analógica não tenha seu charme, e nem é por culpa da pirataria descarada que hoje é tão acessível a tudo e todos. Mas me lembrei do tempo em que, quando ninguém sabia o que dar de presente para uma pessoa chata do trabalho, a solução era sempre um CD.
Acho que culpar a tecnologia pela transformação do mundo é uma coisa muito demodê. As coisas perdem ou ganham seu espaço pelo que elas representam e pela forma como são ou deixam de ser usadas. E isso vem das pessoas, não das máquinas.
É isso. Eu hoje tô preferindo uma mix tape (que pode ser até no iPod). Fica a dica, rá.
Um deles estava contando que daria um CD. O outro perguntou: "Ué, mas você não baixa música na internet?". E o primeiro: "Ah, é difícil eu entrar no computador quando estou em casa, meus filhos que costumam fazer essas coisas. E eu acho legal dar um CD."
Fiquei pensando um tempo sobre a frieza de dar um CD. Não que a mídia analógica não tenha seu charme, e nem é por culpa da pirataria descarada que hoje é tão acessível a tudo e todos. Mas me lembrei do tempo em que, quando ninguém sabia o que dar de presente para uma pessoa chata do trabalho, a solução era sempre um CD.
Acho que culpar a tecnologia pela transformação do mundo é uma coisa muito demodê. As coisas perdem ou ganham seu espaço pelo que elas representam e pela forma como são ou deixam de ser usadas. E isso vem das pessoas, não das máquinas.
É isso. Eu hoje tô preferindo uma mix tape (que pode ser até no iPod). Fica a dica, rá.
Eduardo Botão e Mônica Godard
Esses são os nomes que o casal mais famoso da música da Legião Urbana tem no Facebook. Tudo isso faz parte de uma campanha da Vivo para o Dia dos Namorados e criada aqui na agência.
Já sei, já sei... estou esperando as críticas advindas dos sites especializados em música, em Legião, em Renato Russo, em publicidade. Vão falar coisas. Vão elogiar politicamente, e depois descer a lenha. Mas, ó, quer saber? Não vão me fazer esquecer de uma das manhãs mais legais que passei no trabalho, quando, ainda meio incrédula, vi pela primeira vez com os olhos os personagens que há 25 anos povoam meu coração.
Já sei, já sei... estou esperando as críticas advindas dos sites especializados em música, em Legião, em Renato Russo, em publicidade. Vão falar coisas. Vão elogiar politicamente, e depois descer a lenha. Mas, ó, quer saber? Não vão me fazer esquecer de uma das manhãs mais legais que passei no trabalho, quando, ainda meio incrédula, vi pela primeira vez com os olhos os personagens que há 25 anos povoam meu coração.
Nota de esclarecimento
Então é isso. Eu me afastei do blog porque fiquei com medo. Eu andei tão medrosa de gente me desejar mal pelo espaço internético, que, bundona que fui, deixei de lado meu primeiro blog, o que me ensinou a lidar com gente estranha que lê minhas palavras e assina ou não embaixo. Vê se pode. Eu cedi - como tenho feito há uns poucos anos - em função de não ter mais dor de cabeça ou ameaça de mandinga vinda do lado de lá.
Besteirol. Porque quando escrevo sou mais forte e organizo as ideias. E é por isso que vou voltar!
Não tenho mais medo, não.
Besteirol. Porque quando escrevo sou mais forte e organizo as ideias. E é por isso que vou voltar!
Não tenho mais medo, não.
Job dos sonhos
Estou sumida, sim. Mas só porque tenho andada ocupada com muito trabalho, projetos novos e sei lá mil coisas...
Uma amostra disso foi meu último sábado, que passei na Zazou escolhendo roupas muito legais que tivessem conexão com a dança. Em breve um post com todos os detalhes!
Fotos by Lidi Lopez
Uma amostra disso foi meu último sábado, que passei na Zazou escolhendo roupas muito legais que tivessem conexão com a dança. Em breve um post com todos os detalhes!
Fotos by Lidi Lopez
Planos para 2011
Plantar uma árvore, escrever um livro e ter um filho.
Duas coisas estão encaminhadas. Já a outra... vai esperar um pouquinho!
Duas coisas estão encaminhadas. Já a outra... vai esperar um pouquinho!
Martha Medeiros na Globo
Quem não leu leia. Quem não viu veja.
Mas ninguém pode passar impune ao texto de Martha Medeiros que a Globo tá exibindo nesse minuto em forma do filme Divã. Muito bom mesmo.
Para lembrar, o melhor pedaço tá aqui.
Feliz ano novo!
Mas ninguém pode passar impune ao texto de Martha Medeiros que a Globo tá exibindo nesse minuto em forma do filme Divã. Muito bom mesmo.
Para lembrar, o melhor pedaço tá aqui.
Feliz ano novo!
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