Depois que fui à apresentação do ótimo grupo Pilobolus, comecei a ficar incomodada com a acomodação do nosso corpo. Um monte de ossos empilhados sem uso é a coisa mais triste que se pode fazer com ele.
Defendo e sempre defendi o uso consciente do corpo, cada um com o seu jeito. Na dança eu encontrei a minha maneira de expressar um pouco disso. E brigo todo o dia com minha musculatura para que ela tenha força, disposição e coragem de dizer coisas que a boca sozinha não diz. Brigo também com minhas alunas para que elas não façam uma aula medíocre, para que sintam que há energia em todos os movimentos, que há intenção num passo de dança, que o coração dança junto com a gente.
Acho que um pouco do que estou dizendo aqui foi lindamente captado em fotografia e publicado por Alan Taylor no blog The Big Picture, do Boston Globe. Inspirado por publicações como Life Magazine, National Geographic e em experiências on-line como MSNBC.com's Picture Stories Alan posta toda segunda-feira incríveis imagens - com enfoque sobre os atuais acontecimentos, histórias e tudo o que pode ser interessante e que uma câmera pode conseguir registrar. Escolhi algumas para o Diário, mas lá tem muito mais, além dos créditos e de uma introdução bacana (em inglês).
O mundo é bailarino e, como Nietzsche já disse, que seja perdido o dia em que não se dançou uma única vez.
Bailarina do English National Ballet em A Morte do Cisne, com traje concebido por Karl Largerfeld, Londres, Inglaterra. (Oli Scarff / Getty Images)
Pessoass dançando sob o arco-íris durante o Bela Música Rock Festival 2009, em Borovaya, nos arredores de Minsk. (AP Photo)
Bailarinos do Alvin Ailey American Dance Theater. (Andrew Eccles)
Dançarinas da Morenada durante o festival Jesus del Gran Poder em La Paz, Bolívia. (AIZAR RALDES / AFP / Getty Images)
Dançarinas da Morenada durante o festival Jesus del Gran Poder em La Paz, Bolívia. (AIZAR RALDES / AFP / Getty Images)
Bailarino da trupe argentina Fuerza Bruta em abertura do show no Adrienne Arsht Center, em Miami, Flórida. (REUTERS / Carlos Barría)
Eleitores do candidato reformista Mir Hossein Mousavi dançam a música que vem de um alto-falante nas ruas, alguns dias antes da eleição, no Sadatabad distrito do norte de Teerã, Irã. (AP Photo / Ben Curtis)
Eleitores do candidato Megawati Sukarnoputri dançam antes de seu discurso em Porong distrito de Sidoarjo, East Java. (REUTERS / Beawiharta)
Doug Walker e seu grupo de break dance "New York City Float Committee" na estação do Metrô de Times Square. (Damon Winter / The New York Times)
Eleitores do candidato reformista Mir Hossein Mousavi dançam a música que vem de um alto-falante nas ruas, alguns dias antes da eleição, no Sadatabad distrito do norte de Teerã, Irã. (AP Photo / Ben Curtis)
Eleitores do candidato Megawati Sukarnoputri dançam antes de seu discurso em Porong distrito de Sidoarjo, East Java. (REUTERS / Beawiharta)
Doug Walker e seu grupo de break dance "New York City Float Committee" na estação do Metrô de Times Square. (Damon Winter / The New York Times)
"Colabore com seu biógrafo. Faça, erre, tente, falhe, lute. Mas, por favor, não jogue fora, se acomodando, a extraordinária oportunidade de ter vivido. Tendo consciência de que, cada homem foi feito para fazer história. Que todo homem é um milagre e traz em si uma revolução. Que é mais do que sexo ou dinheiro. Você foi criado, para construir pirâmides e versos, descobrir continentes e mundos, e caminhar sempre, com um saco de interrogações na mão e uma caixa de possibilidades na outra."
Nizan Guanaes
Nizan Guanaes
3 comentários:
Essa frase é espetacular
"Colabore com seu biógrafo"
mais ou menos algo como : "Levante e vai viver"
Mto bom, mto bom...
Texto mais do que perfeito, uma aproximação com Bauman. E que fotos tão apropriadas. Você é um artesanato, peça única!
Sou seu fã.
bjs e bom te achar por aqui.
Leo
(bloco de notas)
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