Jamais esquecerei
os braços de Ana.
Soltos no ar
numa sensual simetria
de serpentes
ateavam fogo ao palco
incendiando a música e a dança
invertebradamente.
Seus pés
igualmente inesquecíveis
vestidos de pássaros azuis
desafiavam a gravidade
dos linóleos.
Neste céu de sapatilhas
que sobrevoavam meus olhos
minhalma bailarina
aos seus encantos se rendeu:
aquela dança não era apenas
um majestoso pas-de-deux
mas um etéreo e eterno
pas de Deus.
(Carlos Dimuro)
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