tá tão calor...
menina, estou ilhada. não tem como ir embora, a não ser de barco, e como a minha lancha está um pouco longe daqui...hehe...estou sofrendo com um calorão que não me pertence...aqui não tem janela e todos os aparelhos de ar-condicionado resolveram parar de funcionar. dá pra imaginar??? estou me sentindo sufocada, acho que vou entrar em pânico...já até fiquei presa no elevador, só por alguns segundos, mas fiquei...ah, e justo hoje, sexta-feira, que eu ia embora cedo...deu pra entender o motivo do dilúvio??? hehe um beijinho
"vou sair pra ver o céu...vou me perder entre as estrelas...ver de onde nasce o sol...como se guiam os planetas pelo espaço...meus passos...nunca mais serão iguais...se for mais veloz que a luz...então escapo da tristeza...deixo toda a dor pra trás...perdida num planeta abandonado...pelo espaço...
...e volto sem olhar pra trás..."
busca vida (os paralamas do sucesso)
...e volto sem olhar pra trás..."
busca vida (os paralamas do sucesso)
"Se você quer o arco-íris, vai ter que aturar um pouco de chuva."
Sei que você vai ficar bem. Nós, garotas tão pequenas, podemos ter a força de um gigante!
Beijo grande!
Beijo grande!
"sempre que choveu, parou..."
num momento muito difícil da minha vida, enquanto todo mundo tentava me mostrar saídas, me dar conselhos, minha tia simplesmente me disse essa frase. nunca mais esqueci...e acho que é a coisa mais perfeita que já me falaram um dia. não tem mal que dure para sempre, né? tem coisa que a gente tem mesmo que enfrentar...mesmo que seja dolorida, angustiante...seja o que for, boa ou ruim, tem um motivo pra acontecer...e me fez aprender muita coisa...agora, tem coisa que parece que não é ou não pode acontecer. hoje, por exemplo, eu tinha uma festa, fiz planos, até me empolguei, mas ainda estou trabalhando. resumindo: não sei se vou, ou melhor, não fui...e vai saber o motivo de tantos contratempos... mas amanhã é outro dia. quem sabe pára de chover, de uma vez...literalmente...hehe.
boa noite. beijo
boa noite. beijo
Obrigada, meus queridos
Mel, estou até me sentindo melhor depois de ler as mensagens que recebi sobre o meu estado de saúde. Na verdade, quase já não sinto dor e o que mais me incomoda agora é essa maldita coleira branca e sem graça.
A inflamação veio do nada, apesar de achar que andei carregando o mundo nas costas e com tantas novidades acontecendo na minha vidinha (mas sobre isso falo depois).
Hoje estou só escrevendo para dizer obrigada, de coração. Nesse mundo tão virtual, alguns sentimentos e muitas amizades são tão reais que quase posso senti-las por perto.
Beijo grande!
A inflamação veio do nada, apesar de achar que andei carregando o mundo nas costas e com tantas novidades acontecendo na minha vidinha (mas sobre isso falo depois).
Hoje estou só escrevendo para dizer obrigada, de coração. Nesse mundo tão virtual, alguns sentimentos e muitas amizades são tão reais que quase posso senti-las por perto.
Beijo grande!
tadinha...
vc deve estar bem pior que eu ... deve ser horrível ... mas pense pelo lado bom, depois disso vc pode fazer uns freelas em vitrine viva ... já passou no teste de resistência e principalmente paciência...sobre a chuva, nem quero mais pensar nisso...já estou me sentindo um sapo, ou melhor, uma rã ... será que um dia vai parar?? agora tem coisa que acontece que parece pegadinha ... eu até olho pra ver se não tem nenhuma câmera por perto ... eu disse que até estava tentando manter a calma, mas sinto que vou precisar ser exorcizada pra isso acontecer ... simplesmente, não saí pra almoçar por causa de um trabalho que estou fazendo desde às 10 da manhã ... não levantei pra nada ... estou quadrada ... e agora, que estava tudo acabado ... adivinha ... foi cancelado!!! o que eu faço?? mando emoldurar, encadernar??? dá vontade de mandar queimar, isso sim ... acho que precisamos de mais de um terço, viu??? me ajude nessa corrente, irmã ...
falando sério, que esse dia acabe logo e bem, pra nós duas!!!
um beijo e melhoras...
falando sério, que esse dia acabe logo e bem, pra nós duas!!!
um beijo e melhoras...
Solidariedade
Mel, também tenho que admitir que meu dia não está sendo dos melhores. Primeiro porque a chuva não dá trégua mesmo, e acho que vou acabar mofando. Segundo porque estou imobilizada. Sério. Estou com uma inflamação na coluna cervical e no momento uso uma nada simpática coleira branca no pescoço, o que me faz virar a cabeça como se eu fosse o Robocop. Agora tenho certeza que vou mofar.
Beijo grande!
Beijo grande!
Nem só de comentários vive um blog
Mel, olha aí o e-mail bacana que recebi da Vivi, do site Garotas que dizem NI. O texto a que ela se refere é meio velhinho, mas vou postar de novo pra todo mundo poder entender.
Beijo grande!
"Oi!
Fiquei com medo dessa história do saquinho de açúcar. Parece um daqueles episódios de 'Além da Imaginação', sabe? Quase que eu ouço a musiquinha enquanto lia esse seu post! Meda....
Mas não se preocupe: vc não está ficando louca. Coincidências acontecem mesmo... Agora, o que elas são eu realmente não sei. Falha na Matrix?
Beijos!
Vivi"
Estranhas coincidências
Cara amiga, acho que aquela música do Los Hermanos realmente foi feita para mim, ou para nós duas, já que não quero ser estranha sozinha.
Hoje foi demais: eu tinha seis saquinhos de açúcar na minha gaveta e resolvi fazer uma faxina daquelas. Guardei dois saquinhos para mim mesma, pois tenho hipoglicemia e nunca se sabe quando posso ter um ataque. Ainda mais que encontrei uma amiga que não via há tempo e ela me contou que estava sofrendo desse mal. Mais tarde, alguns colegas vieram aqui falar desse mesmo assunto e comecei a oferecer os quatro saquinhos restantes para todo mundo, achando que tudo era um sinal. Ninguém quis minhas prendas e as deixei quietinhas na minha mesa. Mas, inquieta que sou, comecei a revisar as embalagens. Para minha supresa, elas têm uns numerozinhos de série, que devem ser aleatórios. Mas não no meu caso. Eles formavam, certinho, a sequência 1, 2, 3 e 4.
Não pára aí. Minha colega, vendo minha aflição, com saquinhos pra lá e pra cá, resolveu me dar o único que guardava em sua gaveta. Ainda brinquei com ela: "só se for o 5". Era!
Não bastando isso, conversei com outra amiga minha sobre uma viagem a Machu Pichu. Então me lembrei que trouxe de casa umas histórias sobre viagens que gostaria de fazer, e que ia publicar no blog. Tenho uma preferida, sobre o Indiana Jones e o Egito (essa minha amiga vai lembrar disso, sou apaixonada por Jones). Eis que me pego visitando o site das Garotas que dizem NI e... supresa! Um dos artigos de hoje é sobre INDIANA JONES!
O que mais pode me acontecer? Seria muito bom se a próxima coincidência fosse acertar os números da loteria. Com certeza eu iria para o Egito. Com o meu namorado. Vestido de Harrison Ford.
Beijo grande!
"Oi!
Fiquei com medo dessa história do saquinho de açúcar. Parece um daqueles episódios de 'Além da Imaginação', sabe? Quase que eu ouço a musiquinha enquanto lia esse seu post! Meda....
Mas não se preocupe: vc não está ficando louca. Coincidências acontecem mesmo... Agora, o que elas são eu realmente não sei. Falha na Matrix?
Beijos!
Vivi"
Estranhas coincidências
Cara amiga, acho que aquela música do Los Hermanos realmente foi feita para mim, ou para nós duas, já que não quero ser estranha sozinha.
Hoje foi demais: eu tinha seis saquinhos de açúcar na minha gaveta e resolvi fazer uma faxina daquelas. Guardei dois saquinhos para mim mesma, pois tenho hipoglicemia e nunca se sabe quando posso ter um ataque. Ainda mais que encontrei uma amiga que não via há tempo e ela me contou que estava sofrendo desse mal. Mais tarde, alguns colegas vieram aqui falar desse mesmo assunto e comecei a oferecer os quatro saquinhos restantes para todo mundo, achando que tudo era um sinal. Ninguém quis minhas prendas e as deixei quietinhas na minha mesa. Mas, inquieta que sou, comecei a revisar as embalagens. Para minha supresa, elas têm uns numerozinhos de série, que devem ser aleatórios. Mas não no meu caso. Eles formavam, certinho, a sequência 1, 2, 3 e 4.
Não pára aí. Minha colega, vendo minha aflição, com saquinhos pra lá e pra cá, resolveu me dar o único que guardava em sua gaveta. Ainda brinquei com ela: "só se for o 5". Era!
Não bastando isso, conversei com outra amiga minha sobre uma viagem a Machu Pichu. Então me lembrei que trouxe de casa umas histórias sobre viagens que gostaria de fazer, e que ia publicar no blog. Tenho uma preferida, sobre o Indiana Jones e o Egito (essa minha amiga vai lembrar disso, sou apaixonada por Jones). Eis que me pego visitando o site das Garotas que dizem NI e... supresa! Um dos artigos de hoje é sobre INDIANA JONES!
O que mais pode me acontecer? Seria muito bom se a próxima coincidência fosse acertar os números da loteria. Com certeza eu iria para o Egito. Com o meu namorado. Vestido de Harrison Ford.
A Janela do Mundo
Era uma mulher doente. Vivia na cama à espera de alguém que lhe trouxesse comida. Não tinha nada, nem ninguém.
Seu quarto consistia numa cama com um criado-mudo e uma janela. A janela era seu universo, o criado-mudo, seu amigo e a cama já era parte de si mesma.
Todos os dias ela olhava para seu universo com quem assiste a um filme. Entendia da vida como ninguém e no entanto não havia nenhuma pessoa para ouvi-la. Só o seu criado. Mudo.
Entendia que alguma coisa lá fora a fazia abrir os olhos a cada manhã. E fechá-los quando a lua se confundia com os sonhos. Entendia que uma força maior lhe dava esperança. Não de viver por muito tempo, mas de ter para sempre a sua janela-universo.
Entendia que haveria muitos amanheceres, muitos sóis e todas as luas do mundo! Entendia e pequenez de sua alma e contudo era feliz.
Absorta nesses pensamentos, cerrou os olhos e simplesmente morreu.
Mel, escrevi esse texto quando tinha 17 anos. Era uma época em que eu comecei a enxergar a beleza que há nas coisas tristes e nos dias cinzentos como hoje.
Um beijão grandão para você.
E que sua filhota, a pedra, te deixe em paz!
Seu quarto consistia numa cama com um criado-mudo e uma janela. A janela era seu universo, o criado-mudo, seu amigo e a cama já era parte de si mesma.
Todos os dias ela olhava para seu universo com quem assiste a um filme. Entendia da vida como ninguém e no entanto não havia nenhuma pessoa para ouvi-la. Só o seu criado. Mudo.
Entendia que alguma coisa lá fora a fazia abrir os olhos a cada manhã. E fechá-los quando a lua se confundia com os sonhos. Entendia que uma força maior lhe dava esperança. Não de viver por muito tempo, mas de ter para sempre a sua janela-universo.
Entendia que haveria muitos amanheceres, muitos sóis e todas as luas do mundo! Entendia e pequenez de sua alma e contudo era feliz.
Absorta nesses pensamentos, cerrou os olhos e simplesmente morreu.
Mel, escrevi esse texto quando tinha 17 anos. Era uma época em que eu comecei a enxergar a beleza que há nas coisas tristes e nos dias cinzentos como hoje.
Um beijão grandão para você.
E que sua filhota, a pedra, te deixe em paz!
Como assim, Bial?
Mel, não entendi a história da dieta. Dieta de engorda quem faz é gado. Epa, desculpa, não vou voltar ao assunto das vacas, ovelhas e aves. Mas é que perdi faz tempo o fio da meada e não sei o que acontece com você.
Aliás, sei de uma coisa. Você está feliz da vida. E isso é o bastante.
Mas... quer fazer o favor de me contar quem é o responsável por tudo isso?
Beijo grande!
Aliás, sei de uma coisa. Você está feliz da vida. E isso é o bastante.
Mas... quer fazer o favor de me contar quem é o responsável por tudo isso?
Beijo grande!
Viva Jose Cuervo!
Mel, nada mais justo do que eu contar a história da Tequila, aqui e agora.
Bem, assim como Indiana Jones, eu também ganhei meu nome aqui no blog por causa de um cachorro. Tequila é uma boxer muito gente fina que mora na casa dos meus pais em Assis, a cidade dos três "esses".
Tudo começou quando perdi minha cachorrinha de 11 anos e o quintal começou a ficar grande demais. Um dia conto essa história melhor, senão vou abrir o berreiro aqui mesmo.
Eu adorava a raça boxer - sempre gostei de cachorro manso com cara de bravo - e um dia o meu namorado da época me chamou no portão, gritando. Quando eu saí para ver o que estava acontecendo... Tequila me ganhou! Mesmo, mesmo. Por muito tempo ela foi a minha dona e eu fazia tudo o que ela queria. Mas, veja bem, aquele nenê rechonchudo e enrugado foi crescendo, percebendo que não era um poodle francês e descobriu o quintal. Depois ganhou um belo marido, Scott, e depois veio Bud, ovelha branca do trio de boxers.
Lá está ela, feliz da vida. Agora minha mãe é quem cuida da mocinha, dividindo com ela os mimos que dá à pequena Linda (essa sim é uma poodle de verdade).
Cada vez que chego em Assis percebo que o quintal não é mais tão grande assim e que a saudade é uma coisa que não acaba nunca!
Beijo grande da Teca (é assim que chamo carinhosamente a minha garotinha que tem nome de bebida mexicana!!!)
Bem, assim como Indiana Jones, eu também ganhei meu nome aqui no blog por causa de um cachorro. Tequila é uma boxer muito gente fina que mora na casa dos meus pais em Assis, a cidade dos três "esses".
Tudo começou quando perdi minha cachorrinha de 11 anos e o quintal começou a ficar grande demais. Um dia conto essa história melhor, senão vou abrir o berreiro aqui mesmo.
Eu adorava a raça boxer - sempre gostei de cachorro manso com cara de bravo - e um dia o meu namorado da época me chamou no portão, gritando. Quando eu saí para ver o que estava acontecendo... Tequila me ganhou! Mesmo, mesmo. Por muito tempo ela foi a minha dona e eu fazia tudo o que ela queria. Mas, veja bem, aquele nenê rechonchudo e enrugado foi crescendo, percebendo que não era um poodle francês e descobriu o quintal. Depois ganhou um belo marido, Scott, e depois veio Bud, ovelha branca do trio de boxers.
Lá está ela, feliz da vida. Agora minha mãe é quem cuida da mocinha, dividindo com ela os mimos que dá à pequena Linda (essa sim é uma poodle de verdade).
Cada vez que chego em Assis percebo que o quintal não é mais tão grande assim e que a saudade é uma coisa que não acaba nunca!
Beijo grande da Teca (é assim que chamo carinhosamente a minha garotinha que tem nome de bebida mexicana!!!)
Cinco amores
Mel, não pode ser de outro jeito. Acredito piamente que o que todo mundo procura na vida é o amor, da maneira que ele vier.
Acredito também que a gente aprende a amar direito e quando isso acontece até uma segunda-feira cinzenta como a de ontem fica mais interessante.
Quer saber quais são os meus cinco amores?
Meu namorido
Não preciso falar muito, mas um dia eu queria escrever a nossa história. Que daria uma novela muito bacana. Não, uma novela não! Daria um belo romance escrito por Chico Buarque. Ou Carlos Heitor Cony. Ai, ai... Será que eles topam?
Minha família
Não é nada fácil tentar explicar para os outros como é a minha família. Não que ela seja complicada, mas é complicado para os outros entender quem é irmão de quem, onde o povo mora, em que país, etc, etc, etc. Acho que é por isso que sou absolutamente apaixonada por essa gente que me ensinou que o amor ultrapassa fronteiras.
Meus bichos
Três cães babões da raça boxer, uma poodle mimadinha e uma gata que um dia morou no telhado. Taí a explicação para eu nunca ter sido uma pessoa carente.
Meus amigos
Já contei aqui algumas histórias das minhas amigas. E como a gente tem história! Tenho amigos do colegial que são amigos até hoje. E quando a gente se encontra é um tal de "amo você" pra lá e pra cá... Dá até saudade! Sem contar a amiga que divide esse diário comigo... Não preciso nem falar mais nada.
A dança
Já escrevi aqui sobre o que penso das pessoas que dançam (a pedidos vou publicar o post novamente, já que ele se perdeu naquela confusão do boicote ao Diário). Mas o fato é que não sei ser alguém sem dançar. Explico: esse não é um vício, uma dependência. É um costume de fazer algo que me faz tão bem quanto um copo de água em um dia de muito calor, depois de correr 10 km. Deu pra perceber o quanto é bom?
Mel, acho até que tenho mais amores, como a música, as viagens, o cinema... Mas eles ficam para um outro texto, quem sabe...
Fico feliz de você estar em sintonia com esse sentimento e compartilhar aqui com a gente.
Beijo grande!
Acredito também que a gente aprende a amar direito e quando isso acontece até uma segunda-feira cinzenta como a de ontem fica mais interessante.
Quer saber quais são os meus cinco amores?
Meu namorido
Não preciso falar muito, mas um dia eu queria escrever a nossa história. Que daria uma novela muito bacana. Não, uma novela não! Daria um belo romance escrito por Chico Buarque. Ou Carlos Heitor Cony. Ai, ai... Será que eles topam?
Minha família
Não é nada fácil tentar explicar para os outros como é a minha família. Não que ela seja complicada, mas é complicado para os outros entender quem é irmão de quem, onde o povo mora, em que país, etc, etc, etc. Acho que é por isso que sou absolutamente apaixonada por essa gente que me ensinou que o amor ultrapassa fronteiras.
Meus bichos
Três cães babões da raça boxer, uma poodle mimadinha e uma gata que um dia morou no telhado. Taí a explicação para eu nunca ter sido uma pessoa carente.
Meus amigos
Já contei aqui algumas histórias das minhas amigas. E como a gente tem história! Tenho amigos do colegial que são amigos até hoje. E quando a gente se encontra é um tal de "amo você" pra lá e pra cá... Dá até saudade! Sem contar a amiga que divide esse diário comigo... Não preciso nem falar mais nada.
A dança
Já escrevi aqui sobre o que penso das pessoas que dançam (a pedidos vou publicar o post novamente, já que ele se perdeu naquela confusão do boicote ao Diário). Mas o fato é que não sei ser alguém sem dançar. Explico: esse não é um vício, uma dependência. É um costume de fazer algo que me faz tão bem quanto um copo de água em um dia de muito calor, depois de correr 10 km. Deu pra perceber o quanto é bom?
Mel, acho até que tenho mais amores, como a música, as viagens, o cinema... Mas eles ficam para um outro texto, quem sabe...
Fico feliz de você estar em sintonia com esse sentimento e compartilhar aqui com a gente.
Beijo grande!
O que será que será
Mel, agora cheguei de verdade: no trabalho, em casa, no ballet. Não quero viajar tão cedo (mentira, daqui a pouco estou inventando outro lugar para conhecer)!
Agora, será que você pode me informar do que aconteceu por aqui enquanto eu estava brincando de Indiana Jones?
Beijo grande!
Agora, será que você pode me informar do que aconteceu por aqui enquanto eu estava brincando de Indiana Jones?
Beijo grande!
Mais que mico, um king-kong!
Mel, e como se chamavam aquelas calças e bermudas que vinham até o peito e depois a gente franzia com um cintão bem largo?
Não posso acreditar que isso existiu e que fazia par com o cabelo Chitãozinho e Xororó!
Beijo grande pra você e para sua irmã new wave!
Não posso acreditar que isso existiu e que fazia par com o cabelo Chitãozinho e Xororó!
Beijo grande pra você e para sua irmã new wave!
Saia justa ou balonê?
Oi, Mel! Agora que já estou definitivamente de volta, vou aproveitar o gancho do "túnel do tempo" para lembrar de algumas engraçadas da nossa infância. Nos quesitos figurino e alegoria, os anos 80 foram ou não foram o máximo?
Sempre que a família se reúne, no Natal, minha mãe adora lembrar as histórias de quando eu e meus irmãos éramos mais novos. Não achamos chato, não, porque nos divertimos de lembrar que houve uma fase de nossas vidinhas inocente em que íamos "fantasiados" para a escola. Não era Halloween, não era Carnaval nem nada e insistíamos em assistir às aulas (nessa época a gente aprendia a pintar dentro do espaço e fazia nossos próprios brinquedos com massinha) com figurinos que faziam mamãe morrer de vergonha. Meu irmão simplesmente não ia para o maternal sem sua camiseta do Super-Homem. Tinha capa e tudo! E esta que vos escreve fazia questão das unhas vermelhas e chapeuzinho de festa. Parecia um mico de circo.
Mas até aí, tudo bem, éramos inocentes e pouco antenados no mundinho fashion. O que não tem desculpa, mesmo, é o figurinho pré-adolescente dos anos 80. Listei dez itens básicos que me fazem corar de vergonha e aposto uma tiara da Pakalolo como você também tinha:
Calça Bag ou Semibag
A idéia só podia ter vindo da terra do Tio Sam. Um diabo de jeans que não se ajustava em nenhuma parte do corpo que não fosse as canelas era item de série no guarda-roupa da geração oitentinha. Alguns modelos tinham o cós bem acima da cintura e eram conhecidos com Saint-Tropeito.
Saia Balonê
Se não me engano, foi a Xuxa quem divulgou o apetrecho. E lá iam as mamães comprar a saia com nome francês e visual de festa junina (a delicada peça parecia mesmo um balão).
Saia longa, cintão e bota
Minha mãe quis morrer quando viu uma amiga minha vestida de Karina, a personagem de Maria Zilda em Hipertensão. Parecer com a personagem que interpretava uma estrela de teatro mambembe, pra lá de independente (e cuja trilha sonora era Glory of Love, do Peter Cetera), era tuuuuuuudo, mesmo que a saia nunca ficasse completamente cheia e a bota dançasse em canelas tão fininhas.
Melissinha
Tinha a que vinha com a pochetezinha, a que imitava alpargatas, a que vinha com relógio. Não faltavam modelos e cores para as menininhas que queriam andar na moda. Fora que a campanha publicitária era estrelada por lindas ruivinhas sardentas. A gente nem dizia que aquilo dava um chulé desgraçado.
Coisas da Pakalolo
Nunca mais vi a loja cujo slogan era "De bem com a vida". Tudo nela era "fluorescente", mas a gente nem sabia o que era rave. Os hits eram as chuquinhas de tecido franzido e as tiaras, que mais pareciam um headphone fofinho e que com o tempo ficavam largas e empurravam o cabelo da gente para a frente.
Sapato Canadian
Como tudo que se prezasse nos anos 80, bastava ter um nome importado para cair no gosto da garotada. O sapato "canadense" liderava as vendas nas lojas de calçados, pois meninos e meninas podiam usá-lo. Era par constante da calça bag ou semibag e parecia, na verdade, um jacaré amarrado. Até hoje podemos encontrar modelos parecidos com esse exemplar magnífico da nossa infância. Mas eles vêm desacompanhados da calça em questão.
Bota branca de cano alto
Malditas paquitas, pobres de nós! Ter bota branca de cano alto foi o must have de uma era. Toda menina queria ser paquita, ter algum apelido esquisito dado pela Xuxa e usar as tais botas. Menos eu... Minha mãe, sabiamente, não me deixou entrar na onda dos pés engessados (ela achava que a bota lembrava gesso mesmo), o que me fez desistir de descolorir os cabelos também (obrigada, mamãe, eu não ia ficar bem com aquela roupa de soldadinho).
Vestido trapézio
Como a moda vai a vem, parece que esse modelo de vestido foi um remake dos anos 60. Tinha de toda estampa possível e depois foi ganhando outros contornos e sendo usado com legging e keds branco (outro que dava um chulé do cão).
Japona colorida
Vários chicletes coloridos. Era assim que eu me sentia no meio da criançada da escola, quando fazia frio. Todo mundo tinha "japona", a vovozinha da jaquetas de hoje. A minha era azul, tinha gorro e, como a de todo mundo, fazia um barulhinho gostoso de plástico raspando em plástico.
Minijaqueta jeans
Para mim, esse foi o grande marco do guarda-roupa esdrúxulo dos anos 80. Explico o porquê: imagine uma garota, com os cabelos devidamente repicados, usando uma calça para cima da cintura, com a canela ajustada, uma camiseta grandona e com o incrível toque fashion de uma jaquetinha jeans que começava três dedos para cima do umbigo, deixando a camiseta parecer uma saia por cima da calça. Conseguiu imaginar? Agora coloque ombreiras nessa jaquetinha e me diga se estou certa ou não.
Sempre que a família se reúne, no Natal, minha mãe adora lembrar as histórias de quando eu e meus irmãos éramos mais novos. Não achamos chato, não, porque nos divertimos de lembrar que houve uma fase de nossas vidinhas inocente em que íamos "fantasiados" para a escola. Não era Halloween, não era Carnaval nem nada e insistíamos em assistir às aulas (nessa época a gente aprendia a pintar dentro do espaço e fazia nossos próprios brinquedos com massinha) com figurinos que faziam mamãe morrer de vergonha. Meu irmão simplesmente não ia para o maternal sem sua camiseta do Super-Homem. Tinha capa e tudo! E esta que vos escreve fazia questão das unhas vermelhas e chapeuzinho de festa. Parecia um mico de circo.
Mas até aí, tudo bem, éramos inocentes e pouco antenados no mundinho fashion. O que não tem desculpa, mesmo, é o figurinho pré-adolescente dos anos 80. Listei dez itens básicos que me fazem corar de vergonha e aposto uma tiara da Pakalolo como você também tinha:
Calça Bag ou Semibag
A idéia só podia ter vindo da terra do Tio Sam. Um diabo de jeans que não se ajustava em nenhuma parte do corpo que não fosse as canelas era item de série no guarda-roupa da geração oitentinha. Alguns modelos tinham o cós bem acima da cintura e eram conhecidos com Saint-Tropeito.
Saia Balonê
Se não me engano, foi a Xuxa quem divulgou o apetrecho. E lá iam as mamães comprar a saia com nome francês e visual de festa junina (a delicada peça parecia mesmo um balão).
Saia longa, cintão e bota
Minha mãe quis morrer quando viu uma amiga minha vestida de Karina, a personagem de Maria Zilda em Hipertensão. Parecer com a personagem que interpretava uma estrela de teatro mambembe, pra lá de independente (e cuja trilha sonora era Glory of Love, do Peter Cetera), era tuuuuuuudo, mesmo que a saia nunca ficasse completamente cheia e a bota dançasse em canelas tão fininhas.
Melissinha
Tinha a que vinha com a pochetezinha, a que imitava alpargatas, a que vinha com relógio. Não faltavam modelos e cores para as menininhas que queriam andar na moda. Fora que a campanha publicitária era estrelada por lindas ruivinhas sardentas. A gente nem dizia que aquilo dava um chulé desgraçado.
Coisas da Pakalolo
Nunca mais vi a loja cujo slogan era "De bem com a vida". Tudo nela era "fluorescente", mas a gente nem sabia o que era rave. Os hits eram as chuquinhas de tecido franzido e as tiaras, que mais pareciam um headphone fofinho e que com o tempo ficavam largas e empurravam o cabelo da gente para a frente.
Sapato Canadian
Como tudo que se prezasse nos anos 80, bastava ter um nome importado para cair no gosto da garotada. O sapato "canadense" liderava as vendas nas lojas de calçados, pois meninos e meninas podiam usá-lo. Era par constante da calça bag ou semibag e parecia, na verdade, um jacaré amarrado. Até hoje podemos encontrar modelos parecidos com esse exemplar magnífico da nossa infância. Mas eles vêm desacompanhados da calça em questão.
Bota branca de cano alto
Malditas paquitas, pobres de nós! Ter bota branca de cano alto foi o must have de uma era. Toda menina queria ser paquita, ter algum apelido esquisito dado pela Xuxa e usar as tais botas. Menos eu... Minha mãe, sabiamente, não me deixou entrar na onda dos pés engessados (ela achava que a bota lembrava gesso mesmo), o que me fez desistir de descolorir os cabelos também (obrigada, mamãe, eu não ia ficar bem com aquela roupa de soldadinho).
Vestido trapézio
Como a moda vai a vem, parece que esse modelo de vestido foi um remake dos anos 60. Tinha de toda estampa possível e depois foi ganhando outros contornos e sendo usado com legging e keds branco (outro que dava um chulé do cão).
Japona colorida
Vários chicletes coloridos. Era assim que eu me sentia no meio da criançada da escola, quando fazia frio. Todo mundo tinha "japona", a vovozinha da jaquetas de hoje. A minha era azul, tinha gorro e, como a de todo mundo, fazia um barulhinho gostoso de plástico raspando em plástico.
Minijaqueta jeans
Para mim, esse foi o grande marco do guarda-roupa esdrúxulo dos anos 80. Explico o porquê: imagine uma garota, com os cabelos devidamente repicados, usando uma calça para cima da cintura, com a canela ajustada, uma camiseta grandona e com o incrível toque fashion de uma jaquetinha jeans que começava três dedos para cima do umbigo, deixando a camiseta parecer uma saia por cima da calça. Conseguiu imaginar? Agora coloque ombreiras nessa jaquetinha e me diga se estou certa ou não.
A cidade sem história
Mel, no nosso terceiro dia em Cusco, fizemos a viagem até Machu Picchu, que, em quéchua, significa montanha velha. A estrada já é encantadora, porque podemos ver por todo o caminho a face oriental da Cordilheira dos Andes. Esse caminho é conhecido como Vale Sagrado e nele podemos ver algumas ruínas do que poderiam ter sido povoados incas e cidadelas muito bonitinhas com nomes diferentes: Pisac, Urubamba, Ollantaytambo, Chinchero.
Fomos até Ollantaytambo de ônibus e aí pegamos o trem, única maneira de chegar a Aguas Calientes, povoado que leva a Machu Picchu. Um ônibus depois, por uma estradinha em ziguezague que mais parecia um despenhadeiro, chegamos!
É até difícil de acreditar em tudo o que os olhos vêem. Para mim, o mais surpreendente de tudo, mais até do que não saber o que era a cidade, foi notar que Machu Picchu não são ruínas perdidas em cima de uma montanha. Machu Picchu é uma cidade inteirinha, bonitinha e extremamente preservada pelo tempo. Há casas (com banheiro e tudo), praças, "terrazas" para cultivo de alimentos, algumas edificações do que poderiam ser templos, cavernas, degraus, muitos degraus. Tudo está lá.
Daí vêm as perguntas: o que era a cidade? Quem morou lá? Onde foram parar?
Ninguém sabe. Não há pistas do paradeiro dos habitantes, mas pesquisadores acreditam que quando os espanhóis invadiram Cusco, muito provavelmente os habitantes de Machu Picchu tenham descido para ajudar nas guerras, e com isso a população foi desaparecendo. De qualquer forma, quando o arqueólogo americano Hiram Bingham encontrou a cidade, em 24 de julho de 1911, ela parecia ter sido abandonada e seus moradores não teriam deixado vestígios.
Por tudo isso, dizem que a cidade escondida não tem história. São muitas as versões, as lendas e as teorias sobre Machu Picchu. Mas todas elas tornam-se repentinamente menos importantes do que a certeza de que alguém muito civilizado esteve ali. Alguém que sabia construir casas como ninguém, que entendia das plantas, dos animais, do sol e da lua de uma maneira que nós mesmos não podemos entender hoje.
Fomos até Ollantaytambo de ônibus e aí pegamos o trem, única maneira de chegar a Aguas Calientes, povoado que leva a Machu Picchu. Um ônibus depois, por uma estradinha em ziguezague que mais parecia um despenhadeiro, chegamos!
É até difícil de acreditar em tudo o que os olhos vêem. Para mim, o mais surpreendente de tudo, mais até do que não saber o que era a cidade, foi notar que Machu Picchu não são ruínas perdidas em cima de uma montanha. Machu Picchu é uma cidade inteirinha, bonitinha e extremamente preservada pelo tempo. Há casas (com banheiro e tudo), praças, "terrazas" para cultivo de alimentos, algumas edificações do que poderiam ser templos, cavernas, degraus, muitos degraus. Tudo está lá.
Daí vêm as perguntas: o que era a cidade? Quem morou lá? Onde foram parar?
Ninguém sabe. Não há pistas do paradeiro dos habitantes, mas pesquisadores acreditam que quando os espanhóis invadiram Cusco, muito provavelmente os habitantes de Machu Picchu tenham descido para ajudar nas guerras, e com isso a população foi desaparecendo. De qualquer forma, quando o arqueólogo americano Hiram Bingham encontrou a cidade, em 24 de julho de 1911, ela parecia ter sido abandonada e seus moradores não teriam deixado vestígios.
Por tudo isso, dizem que a cidade escondida não tem história. São muitas as versões, as lendas e as teorias sobre Machu Picchu. Mas todas elas tornam-se repentinamente menos importantes do que a certeza de que alguém muito civilizado esteve ali. Alguém que sabia construir casas como ninguém, que entendia das plantas, dos animais, do sol e da lua de uma maneira que nós mesmos não podemos entender hoje.
Espanhóis x Incas
Mel, é muito bom estar em casa. Ainda mais quando se volta de um lugar tão mágico com muitas histórias para contar, de muita coisa diferente que se viu. Epa, eu disse história? Desculpa, errei. Na verdade, o que posso te contar são lendas, suposições, mitos do que realmente foi Machu Picchu, a cidade mais misteriosa do mundo.
Fiquei surpresa com tudo lá. Primeiro porque comecei minha viagem pela Bolívia, mais precisamente em La Paz - e aí já é o começo da loucura, no bom sentido. La Paz está a 3.600 metros acima do nível do mar, no meio de uma cratera que parece ser da Lua. E tudo, absolutamente tudo, é muito diferente do que os nossos olhos estão acostumados a ver. Na primeira noite, eu e meu namorido quase não dormimos. Mas não foi de emoção, não. A altitude provoca a falta de oxigenação no sangue e um conjunto de sintomas que se chama "soroche". Só o fato de se mexer na cama fazia com que o ar sumisse e por isso, passamos a noite tomando mate de coca, dentro dos nossos sacos de dormir, suspirando, suspirando, em busca de ar.
La Paz é dominada pelas cholas, mulheres que seguem a tradição dos antepassados e vestem aquelas saias coloridas, com inúmeros panos mais coloridos ainda e carregam de tudo dentro deles. De folhas de coca - a planta - a bebês lindinhos que mais parecem indiozinhos.
Em La Paz, conhecemos o Valle de la Luna, um canyon formado de argila desenhada pelo vento e pelas chuvas, e Chacaltaya, onde tive a sensação maravilhosa de afundar na neve a 5.200 metros de altura, quase sem poder respirar!
Saindo de La Paz, fomos em direção ao Peru. Para isso precisamos atravessar o lago Titicaca, que faz divisa com os dois países e mais parece um oceano, de tão grande que é. Conhecemos uma Copacabana que não fica no Rio de Janeiro e que foi quem deu nome à praia carioca mais famosa. Mais algumas horinhas de viagem, uma confusa fronteira e chegamos a Puno, já no Peru.
Os dias aí foram mais quentes por causa da proximidade com o Titicaca. Em Puno também comi o talharine mais gostoso da minha vida, Mel! Dá pra acreditar? Os passeios obrigatórios nessa cidade incluem uma visita às Islas Uros, ilhotas flutuantes e artificiais, feitas pelos nativos com uma planta que se chama Totora, material que também constrói suas casas e seus barcos. Sensação esquisita a de pisar em uma ilha que não está presa em nada, minha amiga!
Depois foi a vez da Isla Taquile, que abriga povos tradicionais do Peru, crianças lindinhas e nenhum cachorro - para minha tristeza. Entre ida e volta, ficamos seis horas viajando pelo rio, o que deixou nossas bochechas absolutamente queimadas pela brisa gelada e pelo sol, que agora estava ainda mais pertinho de nós.
Como toda viagem, há alguns detalhes que não estavam no pacote, mas que não deixam de ser peculiaridades dos lugares por onde passamos. Pois bem, o caso, dessa vez, foi o trajeto percorrido de ônibus de Puno a Cusco, terra de Machu Picchu. Foram os 350 quilometros mais longos da minha vida, já que a viagem durou mais de oito horas e o ônibus parou em cada povoado do caminho, noite afora, onde cholas entravam gritando "choclos con queso", "pollo frito" e "chompas", para oferecer aos passageiros as iguarias a artesanatos da região. Hoje a gente dá risada, mas no dia, eu e o namorido estávamos a ponto de mandar toda aquela gente barulhenta ir catar coquinho. Mesmo.
Depois de tudo, chegamos ao merecido paraíso. Mel, a cidade de Cusco é uma coisa! Não sei nem como descrevê-la porque os detalhes são muitos. Mas imagine ruas de pedra, contruções que mesclam as culturas inca e espanhola e gente bacana do mundo todo andando pelas ruas limpas e absolutamente maravilhosas da cidade. E o melhor, ficamos hospedados em um hostal em frente à Plaza de Armas, principal point da cidade, onde todo mundo encontrava o mundo todo.
E foi assim que passamos o Réveillon. O namorido descende de espanhóis. Eu, dos incas. Em vez de brigar por terra, comemoramos a paz e tudo de melhor que pode existir entre os povos.
Fiquei surpresa com tudo lá. Primeiro porque comecei minha viagem pela Bolívia, mais precisamente em La Paz - e aí já é o começo da loucura, no bom sentido. La Paz está a 3.600 metros acima do nível do mar, no meio de uma cratera que parece ser da Lua. E tudo, absolutamente tudo, é muito diferente do que os nossos olhos estão acostumados a ver. Na primeira noite, eu e meu namorido quase não dormimos. Mas não foi de emoção, não. A altitude provoca a falta de oxigenação no sangue e um conjunto de sintomas que se chama "soroche". Só o fato de se mexer na cama fazia com que o ar sumisse e por isso, passamos a noite tomando mate de coca, dentro dos nossos sacos de dormir, suspirando, suspirando, em busca de ar.
La Paz é dominada pelas cholas, mulheres que seguem a tradição dos antepassados e vestem aquelas saias coloridas, com inúmeros panos mais coloridos ainda e carregam de tudo dentro deles. De folhas de coca - a planta - a bebês lindinhos que mais parecem indiozinhos.
Em La Paz, conhecemos o Valle de la Luna, um canyon formado de argila desenhada pelo vento e pelas chuvas, e Chacaltaya, onde tive a sensação maravilhosa de afundar na neve a 5.200 metros de altura, quase sem poder respirar!
Saindo de La Paz, fomos em direção ao Peru. Para isso precisamos atravessar o lago Titicaca, que faz divisa com os dois países e mais parece um oceano, de tão grande que é. Conhecemos uma Copacabana que não fica no Rio de Janeiro e que foi quem deu nome à praia carioca mais famosa. Mais algumas horinhas de viagem, uma confusa fronteira e chegamos a Puno, já no Peru.
Os dias aí foram mais quentes por causa da proximidade com o Titicaca. Em Puno também comi o talharine mais gostoso da minha vida, Mel! Dá pra acreditar? Os passeios obrigatórios nessa cidade incluem uma visita às Islas Uros, ilhotas flutuantes e artificiais, feitas pelos nativos com uma planta que se chama Totora, material que também constrói suas casas e seus barcos. Sensação esquisita a de pisar em uma ilha que não está presa em nada, minha amiga!
Depois foi a vez da Isla Taquile, que abriga povos tradicionais do Peru, crianças lindinhas e nenhum cachorro - para minha tristeza. Entre ida e volta, ficamos seis horas viajando pelo rio, o que deixou nossas bochechas absolutamente queimadas pela brisa gelada e pelo sol, que agora estava ainda mais pertinho de nós.
Como toda viagem, há alguns detalhes que não estavam no pacote, mas que não deixam de ser peculiaridades dos lugares por onde passamos. Pois bem, o caso, dessa vez, foi o trajeto percorrido de ônibus de Puno a Cusco, terra de Machu Picchu. Foram os 350 quilometros mais longos da minha vida, já que a viagem durou mais de oito horas e o ônibus parou em cada povoado do caminho, noite afora, onde cholas entravam gritando "choclos con queso", "pollo frito" e "chompas", para oferecer aos passageiros as iguarias a artesanatos da região. Hoje a gente dá risada, mas no dia, eu e o namorido estávamos a ponto de mandar toda aquela gente barulhenta ir catar coquinho. Mesmo.
Depois de tudo, chegamos ao merecido paraíso. Mel, a cidade de Cusco é uma coisa! Não sei nem como descrevê-la porque os detalhes são muitos. Mas imagine ruas de pedra, contruções que mesclam as culturas inca e espanhola e gente bacana do mundo todo andando pelas ruas limpas e absolutamente maravilhosas da cidade. E o melhor, ficamos hospedados em um hostal em frente à Plaza de Armas, principal point da cidade, onde todo mundo encontrava o mundo todo.
E foi assim que passamos o Réveillon. O namorido descende de espanhóis. Eu, dos incas. Em vez de brigar por terra, comemoramos a paz e tudo de melhor que pode existir entre os povos.
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