Fui comprar os últimos presentes. A lista era enorme e eu estava sozinha com Helena no shopping, no meio da tarde de um dia quente de verão. Entrei numa loja que aparentemente resolveria 80% dos meus problemas e então ela quis mamar. Deixei as sacolas na loja, saímos, fomos ao fraldário e passamos um bom tempo ali juntas, eu nunca me importei de doar integralmente todos os meus minutos a esses momentos tão bons.
Então fomos comprar o presente do pai da Helena. Entramos em uma loja de gadgets, coisa que ele ama, e logo ela se mostrou interessadíssima pelas coisinhas coloridas e distribuiu sorrisos gratuitos a quem olhasse em nossa direção. A vendedora se dividia em me ajudar e ficar conversando com ela. Resolvido os presentes (porque acabei pegando o restante que faltava), pedi à moça que anotasse os nomes nas sacolinhas, porque a essa altura minha filha estava sentada no balcão do caixa feliz da vida e eu tentando segurá-la. Falei para que ela colocasse na sacolinha preta com um pen drive do Darth Vader a seguinte mensagem: Para o papai Rodrigo. A moça sorridente me disse que esse era o nome do marido dela.
Lá ia eu com as sacolas de novo quando ela se ofereceu para guardar tudo enquanto eu ia até a outra loja pegar os primeiros presentes. Ela me perguntou meu nome, e eu respondi - Ana. Sorridente de novo, ela me disse que esse era seu nome também. Aí ela perguntou o nome da minha filha. Quando respondi, o sorriso virou lágrimas nos olhos. Todas as outras vendedoras ficaram com um nó na garganta e ela me contou que Helena seria o nome do bebê que ela tinha perdido há poucos dias.
Eu disse a ela que ficasse tranquila, que certamente todas essas coincidências não tinham sido à toa. E me peguei pensando que quando soubemos da gravidez de Helena era mesmo para termos um bebê conosco.
Esse foi o final de 2011, o ano mais importante de nossas vidas. Que 2012 seja generoso com Ana também.
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