Enquanto o sábado não vem

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"Veja bem meu bem,
Sinto lhe informar
Que arranjei alguém
Pra me confortar
Este alguém está quando você sai
Eu só posso crer
Pois sem ter você
Nestes braços tais

Veja bem amor
Onde está você
Somos no papel,
Mas não no viver
Viajar sem mim, me deixar assim
Tive que arranjar alguém pra passar os dias ruins

Enquanto isso navegando eu vou sem paz
Sem ter um porto, quase morto sem um cais
E eu nunca vou te esquecer, amor
Mas a solidão deixa o coração neste leva e traz

Veja bem, além
Destes fatos vis
Saiba, traições
São bem mais sutis
Se eu te troquei
Não foi por maldade
Amor, veja bem, arranjei alguém chamado saudade"

(Veja bem, meu bem - Marcelo Camelo)


Show Los Hermanos, no Credicard Hall, sábado, às 22h. Alguém aí quer ir?
Beijos!

Hormônios

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Por que vocês fazem isso comigo?

Mais um da série Reclamações

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A gente rala muito. Rala mesmo. Fica trabalhando aos domingos, de madrugada, vira a noite e depois tem que vir cedo para a masmorra. E ainda tem gente que inventa moda no trabalho para atrapalhar a vida de quem está se matando. Quem trabalha na produção de uma agência de propaganda sabe: além de ser o único departamento que não pode errar, somos a etapa final, os finalmentes antes do trabalho ir parar em uma revista, na tevê, no jornal, no rádio. Aí vem o malemolento do diretor de arte achar que tem mais alguma coisa para mexer na grande obra-prima dele, fica horas para esfumaçar o raio de uma sombra que vai ficar um borrão mesmo no papel do jornal. E o redator sempre acha que ninguém no mundo tem o direito de mudar o grandessíssimo trabalho literário que ele criou, principalmente o revisor - essa criatura que insiste em não compreender o valor emocional de três exclamações seguidas!!!
Mas aí vem um e-mailzinho, um só, do cliente, e diz que valeu, que a gente está de parabéns, que somos um grande time e despeja os "obrigados" que não estamos acostumados a ouvir.
É por isso que vale a pena, sim, trabalhar aqui.

Curitiba, 20 de maio

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la vie en close
c'est une autre chose

c'est lui
c'est moi
c'est ça

c'est la vie des choses
qui n'ont pas
un autre choix

Paulo Leminski

Curitiba, 19 de maio

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você está tão longe
que às vezes penso
que nem existo

nem fale em amor
que amor é isto


Paulo Leminski, filho dessa terra

Tróia

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Roteiro básico para quem quiser saber mais sobre o filme, com informações exclusivas que não estão no cinema. Ah! Se quiserem entrar no clima, peguem emprestadas as músicas de "Gladiador". Dá no mesmo.
Seja qual for história, a guerra de Tróia é o episódio mais importante que sobreviveu na mitologia e nas lendas gregas. Os eventos são conhecidos como o Ciclo Troiano, alguns contados nos dois grandes poemas de Homero, a "Ilíada" e a "Odisséia".

Brad Pitt, ou melhor, Aquiles:
A história de Aquiles começa com Prometeu, um primo de Zeus que tinha dado o fogo aos homens, um elemento cujos benefícios podiam ser desfrutados somente pelos deuses. Para puni-lo, Zeus o acorrentou em um alto penhasco nas montanhas e diariamente enviava uma águia para comer seu fígado, que voltava a crescer à noite. Entretanto Zeus concordou em libertá-lo se Prometeu lhe revelasse um segredo: o filho de Tétis, a mais bela ninfa do mar, estava destinado a ser mais importante que seu pai. Ao saber disso, Zeus rapidamente abandonou a idéia de ser o pai de um filho de Tétis, decidindo, ao invés, que ela deveria se casar com o mortal Peleu; o filho nascido deles seria Aquiles, o maior dos heróis gregos em Tróia.

Légolas ou Páris? Tanto faz, eles acabam fazendo a mesma coisa: atirar flechas.
Páris era filho de Príamo, rei de Tróia, mas quando sua esposa estava grávida, sonhou que estava dando à luz uma tocha de onde surgiam serpentes. Assim, quando o bebê nasceu, foi entregue a uma criada com ordens de levá-lo ao Monte Ida e matá-lo. A criada, entretanto, o deixou na montanha para morrer; ele foi salvo por pastores, sendo criado para ser um deles. Enquanto Páris estava vigiando seu rebanho, Hermes levou três deusas para que as julgasse. Cada uma ofereceu uma recompensa se fosse a escolhida; Hera ofereceu riqueza e poder, Atena ofereceu habilidade militar e sabedoria e Afrodite ofereceu o amor da mais bela mulher do mundo. Conferindo a vitória a Afrodite, acabou provocando a ira das outras duas, que se tornaram daí para a frente inimigas implacáveis de Tróia. Logo depois, Páris retornou por acaso a Tróia, onde sua habilidade nas competições atléticas e sua bela aparência causaram interesse nos seus pais, que rapidamente estabeleceram sua identidade e o receberam de volta com entusiasmo.

Helena, a culpada:
A mais bela mulher do mundo era Helena, filha de Zeus e Leda. Muitos reis e nobres desejaram desposá-la e antes que seu pai mortal, Tíndaro, anunciasse o nome do feliz escolhido, fez todos jurarem respeitar a escolha de Helena e virem em ajuda de seu marido se fosse raptada. Helena casou com Menelau, rei de Esparta, e na época que Páris veio visitá-los tinham uma filha, Hermíone. Menelau recebeu Páris muito bem em sua casa, mas Páris pagou esta hospitalidade raptando Helena e fugindo com ela de volta a Tróia.

A expedição parte:
Menelau convocou todos os outros pretendentes anteriores de Helena, e todos os outros reis e nobres da Grécia, para ajudá-lo a montar uma expedição contra Tróia, de modo a recobrar sua esposa. O líder da força grega era Agamenon, rei de Micenas e irmão mais velho de Menelau. Os heróis gregos, Agamenon, Menelau, Ulisses, Ájax e Diomedes, surgiram de todos os cantos do continente e das ilhas para o ponto de reunião a partir do qual planejavam velejar através do Egeu até Tróia. Suas origens e os nomes de seus líderes estão listados no grande Catálogo de Navios no início da Ilíada.

"As tribos (de guerreiros) vieram como as incontáveis revoadas de pássaros - garças azuis ou cisnes de longos pescoços - que se reúnem nas campinas da Ásia nas correntes de Cayster, e movimentando-se com gritos agudos ao chegarem ao chão, numa frente avançada. Assim, tribo após tribo surgiram de barcos e cabanas... inumeráveis como as folhas e flores em suas estações".

Os pais de Aquiles, Peleu e Tétis, estavam relutantes em deixar seu jovem filho se juntar à expedição, pois eles sabiam que se fosse morreria em Tróia. Ulisses, entretanto, sabia que os gregos nunca conseguiriam capturar Tróia sem a ajuda de Aquiles, e o convenceu a participar da guerra.

A Ira de Aquiles:
Algumas vezes se considera que a "Ilíada" é a história da guerra de Tróia. De fato, apesar de ela se estender largamente sobre toda a história, seu objetivo ostensivo, como anunciado nas primeiras linhas, é mais restrito:

"Canto de ira, deusa, a destruidora ira de Aquiles, filho de Peleu, que trouxe incontáveis dores aos Aqueus, e mandou muitas almas valiosas de heróis a Hades, enquanto seus corpos serviam de alimento para os cães e pássaros, e a vontade de Zeus foi feita... "

A história da Ilíada é, então, a história de Aquiles e sua disputa com Agamenon.
Eles discordavam muito e, já em Tróia, Agamenon, para reafirmar sua autoridade sobre Aquiles da maneira mais insultuosa que podia, roubou sua escrava, Briseida. Aquiles ficou justificadamente enraivecido. Assim, se retirou para sua tenda, e não tomou mais parte nos combates ou nas reuniões do conselho. A luta se tornou mais dura, com ataques mais diretos feitos a Tróia e aos troianos. Mas os gregos estavam numa situação difícil sem seu maior guerreiro, e até mesmo Agamenon tentou fazer contatos com Aquiles, oferecendo-lhe riquezas de todos os tipos, justamente com a devolução de Briseida. Aquiles, entretanto, rejeitou todos os apelos, declarando mesmo que se as ofertas de Agamenon fossem "tantas como os grãos de areia ou as partículas de pó" nunca se curvaria.
Nesta ocasião, os troianos atacaram o acampamento grego e estavam conseguindo vencê-los. É quando o primo de Aquiles, Pátroclo, rogou a permissão de liderar as tropas, os Mirmidões, em batalha. Pegou a armadura de Aquiles, de modo a espalhar o terror nas linhas troianas, que poderiam tomá-lo por Aquiles. Pátroclo foi e lutou longa e gloriosamente, antes de, previsivelmente, ser morto por Heitor (no filme, vivido por Eric Bana, o Incrível Hulk), filho de Príamo e o melhor guerreiro do lado troiano.
Aquiles foi tomado pela dor. Sua mãe, a ninfa do mar Tétis, veio até ele e prometeu-lhe uma nova armadura para substituir a que tinha sido perdida com Pátroclo. A nova armadura, feita pelo deus-ferreiro Hefesto, incluía um bonito escudo coberto com cenas figuradas, cidades em guerra e em paz, cenas da vida rural com rebanhos, pastores e danças rústicas, e ao redor da borda do escudo corria o Rio de Oceano (se alguém conseguir enxergar tudo isso, me fale).
Aquiles estava finalmente pronto a enfrentar seu principal adversário, Heitor. Percorreram três voltas ao redor das muralhas de Tróia antes que Heitor parasse e destemidamente enfrentasse seu bravo oponente. A lança de Aquiles alojou-se na garganta de Heitor, e ele caiu ao chão. Mal podendo falar, Heitor pediu a Aquiles que permitisse que seu corpo fosse resgatado após sua morte, mas Aquiles negou seu apelo e começou a sujeitar seu corpo a grandes indignidades. Primeiro o arrastou pelos calcanhares atrás de sua carruagem, ao redor das muralhas da cidade, para que toda Tróia pudesse ver. A seguir levou o corpo de volta ao acampamento grego, onde este ficou jogado sem cuidados em suas choupanas.
Zeus enviou Íris, mensageiro dos deuses, para Tróia em visita a Príamo e o instruiu a ir secretamente ao acampamento troiano com um bom resgate, que Aquiles aceitaria em troca da libertação de seu filho.
Assim, escoltado por um simples mensageiro, ele se dirigiu ao acampamento grego: ele pediu que o herói pensasse no seu próprio pai, Peleu, e tivesse piedade com um pai que tinha perdido tantos de seus bons filhos nas mãos dos gregos; pediu que fosse permitido levar o corpo de seu maior filho de volta a Tróia, de modo que pudesse ser adequadamente enterrado pelos seus parentes. Aquiles ficou tocado pelo apelo, choraram juntos, e o pedido de Príamo foi aceito. Assim, o corpo de Heitor foi devolvido a Tróia, onde foi velado e sepultado com os ritos adequados.

Os finalmentes:
Aqui acaba a "Ilíada", mas não é de forma nenhuma o fim da história de Tróia. Nem do filme.
Os gregos venceram a guerra com um famoso truque, um verdadeiro presente de grego: deram a Tróia uma lembrancinha (um cavalo de madeira dentro do qual se esconderam). Enquanto os troianos dormiam, saíram do cavalo e abriram as portas da cidade para o restante do exército.
Aquiles sempre soube que estava destinado a morrer em Tróia, longe de sua terra natal, onde acabou sendo morto por uma flecha, lançada pelo arco de Páris. A mãe de Aquiles, Tétis, quis tornar seu filho imortal, e, quando este era ainda um bebê, levou-o ao Mundo Inferior e o imergiu nas águas do rio Estige; isto tornou seu corpo imune aos ferimentos, exceto pelo calcanhar, lugar que ela usou para segurá-lo. Esse era o seu único ponto frágil e foi bem ali que Páris acertou.

Pressa

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O mundo da propaganda tem nos deixado bastante ocupadas e tem sugado toda nossa criatividade, o que nos impede de escrever qualquer coisa que preste.
Deixemos a palavra, então, com quem sabe das coisas:

"Quem tem um por que viver encontrará quase sempre o como."
Nietzche

Beijos!

Amigos

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Termina hoje, nos Estados Unidos, a série Friends. No ar desde 1994, o programa é considerado um fenômeno cultural mundial.
Para quem não conhece muito bem a série, ela mostra situações cômicas entre amigos com 20 e poucos anos: Monica, Chandler, Phoebe, Joey, Rachel e Ross. Parece que o episódio final, ao contrário do tom humorístico de todas as temporadas, vai mostrar situações mais sérias - o nascimento do bebê que vai ser adotado, mudanças de país e de cidade por causa do trabalho ou para ter uma casa maior e outros conflitos dos amigos que agora têm 30 e poucos anos.
Eles ficaram mais velhos e quem de nós nunca se identificou com um deles ou não quis ter uma turma de amigos assim?
Eu, que descobri os amigos um pouco tarde, vou sentir falta. E vocês?

"So no one told you life was gonna be this way
Your job's a joke, you're broke, your love life's D.O.A.
It's like you're always stuck in second gear
When it hasn't been your day, your week, your month, or even
your year, but

I'll be there for you
When the rain starts to pour
I'll be there for you
Like I've been there before
I'll be there for you
'Cause you're there for me too"


Porquês

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Por que tem coisas que a gente quer fazer e outras não? Por exemplo, eu quis aprender a patinar no gelo, mas não tenho vontade de jogar hockey no gelo. Eu quero andar na montanha-russa, mas não gosto de chapéu-mexicano. E o que me faz querer ter um blog e não desejar, nem por um segundinho, aprender a trocar os templates?

Por que todos os blogs que eu leio não foram atualizados hoje? Justo hoje que eu não tenho nada para fazer e está essa chuva medonha lá fora?

Por que as pessoas têm que trabalhar nas construções mesmo na chuva? Sr. Gafisa, e por que às 7h da madrugada???

Por que, quando a gente chega atrasada, a primeira pessoa com quem trombamos no corredor é o nosso chefe?

Por que a música de Chicago não sai da minha cabeça há cinco dias? Será que as pessoas vivem a vida que querem ou apenas gostam da vida que têm?

You can like the life you're livin'
You can live the life you like

Beijos da Teca
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Pagando os pecados

Acho que devo ter picado salsinha na tábua de Moisés. Só isso explica morar ao lado de um prédio em construção e trabalhar ao lado de outro.
Queria muito saber onde mora o dono da construtora Gafisa. Ele ia acordar todos os dias de sua mísera vida ao som de Twist and Shout e com o vendedor de frutas (aquele que meus inimigos tinham contratado para me enlouquecer) gritando "laranja pêra do rio, mamão papaya, mexerica poncân". Ah, se ia.

Mel, e vc deve ter grudado chiclete na cruz. Dentista é uma coisa que ninguém (exceto o dono da Gafisa) merece.

Corra, Ana, Corra!

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O pé, a panturrilha, a coxa e a bunda. Tudo dói, Mel. Eu sei que foram apenas 5 km, mas os fiz em 29 minutos e com o sol a pino. Adorei ter corrido nessa prova - e estou feliz da vida com a minha medalha dourada. Missão cumprida. Agora é treinar para o dia 30. Preciso melhorar meu tempo.
Beijo grande!

Portugueses no ballet

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Maria e Manuel vão ao Teatro Municipal assistir "A Morte do Cisne".
Maria, muito cansada após um longo dia de trabalho, dorme profundamente durante a maior parte do espetáculo. Acorda, sem graça, e pergunta ao marido:"Manuel, dormi. Será que alguém da platéia notou?"
Responde o Manuel: "Da platéia não sei, mas todos os artistas sim, pois há horas que caminham na pontinha dos pés para não te acordar..."